Moraes diz que encontrou presidente do BC para tratar da lei Magnitsky

Moraes diz que encontrou presidente do BC para tratar da lei Magnitsky O ministro do Supremo Alexandre de Moraes divulgou uma nota sobre a reunião dele com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Segundo Moraes, esse encontro foi para tratar sobre as implicações da Lei Magnistky, aplicada pelos Estados Unidos. O texto não menciona o caso do Banco Master. A nota diz o seguinte: "O ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o presidente e o vice-presidente jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, da Febraban, do BTG e os vice-presidentes do Bradesco e do Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e de débito". O Banco Central também divulgou uma nota em que confirma que manteve reuniões com o ministro Alexandre de Moraes para tratar dos efeitos da Lei Magnitsky. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada na segunda-feira (22), Moraes entrou em contato com o presidente do BC para discutir a venda do Banco Master ao Banco de Brasília - o BRB. A reportagem informa que Moraes procurou Galípolo ao menos quatro vezes por ligações telefônicas e presencialmente. O Banco Central barrou a venda do banco em setembro. Segundo as investigações da Polícia Federal, entre outras irregularidades, o Master fraudou papéis vendidos ao BRB, com conhecimento do banco, que é público. A PF estima a fraude em R$ 12 bilhões. Ainda de acordo com o jornal O Globo, a mulher de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes, tem um contrato de prestação de serviços com o Banco Master, que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais durante três anos a partir de janeiro de 2024, o que renderia R$ 129 milhões no total. As notas de Moraes e do BC não mencionam ligações telefônicas sobre o Master informadas pelo Globo.