TV Morena 60 anos: conheça histórias de bastidores e evolução tecnológica no jornalismo em MS

TV Morena é pioneira na comunicação regional e referência em tecnologia A TV Morena completa 60 anos em 2025 e sua história mostra como a evolução tecnológica transformou o jornalismo em Mato Grosso do Sul. Dos primeiros transmissores fabricados pelo grupo Zahran até as câmeras digitais atuais, a emissora acompanhou mudanças que alteraram rotinas, processos e a forma de levar informação ao público. Do improviso às transmissões em rede nacional Em 1960, quando o Brasil tinha apenas 26 emissoras de televisão, Ueze Elias Zahran e os irmãos criaram equipamentos próprios para colocar o sinal no ar. O primeiro transmissor, chamado “Maxwell”, tinha potência de 500 watts e alcançava até 10 quilômetros. Nos anos 1990, foi substituído pelo “Engesel”, quatro vezes mais potente. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp O início foi marcado por improvisos e dificuldades. Cinegrafistas como Jefferson Parra relatam os desafios da época. “Eu fui pro Pantanal com a câmera dessa, e ela era alimentada pela bateria. Tinha que ligar o motor e espantava todos os bichos. Aí não conseguia filmar.” Mesmo com limitações, a emissora conseguiu emplacar reportagens em rede nacional, como o conflito entre posseiros e indígenas Kadiwéu na Serra da Bodoquena, exibido no Fantástico nos anos 1980. Coberturas históricas A evolução tecnológica permitiu registrar momentos importantes do estado. Em 1977, a criação oficial de Mato Grosso do Sul foi acompanhada pela TV Morena. Em 1991, a visita do papa João Paulo II a Campo Grande reuniu mais de 100 mil pessoas e também foi registrada pelas lentes da emissora. Wilson Bisol, repórter cinematográfico por 40 anos, lembra da cobertura. “Eu fiz a cobertura com o Marcos Losekan para o Jornal Nacional. Eu fiquei muito próximo dele. Sempre lembro dessa história porque eu me arrepio até hoje. Ele me abençoou, estava a uns 2 metros de distância.” A chegada da modernidade Com o avanço da tecnologia, o trabalho mudou. Valdeir Pereira, cinegrafista em Corumbá há 15 anos, explica. “Hoje trabalhamos com uma câmera bem mais leve. Levamos dois cartões de 180 minutos cada. Gravou, a gente consegue mandar pela internet em tempo real.” João Vieira, cinegrafista em Dourados há quase 30 anos, também destaca a diferença. “Naquela época tinha que ter cinegrafista, assistente e motorista que fazia papel de iluminador. Hoje você pega um celular e a matéria acontece.” O futuro A evolução tecnológica reformulou rotinas, equipamentos e processos. Mas, por trás das mudanças, o trabalho humano continua essencial para levar informação às casas. TV Morena é pioneira na comunicação regional e referência em tecnologia TV Morena/arquivo Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: