Como vai ser a cirurgia de Bolsonaro

Sob autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser internado, nesta quarta-feira, 24, para uma cirurgia eletiva destinada a corrigir hérnia inguinal bilateral. Um laudo da Polícia Federal mostrou a necessidade do procedimento para evitar agravamento do quadro clínico. + Leia mais notícias de Política em Oeste A hérnia inguinal bilateral ocorre quando tecidos internos do abdômen ultrapassam áreas enfraquecidas da parede muscular na virilha. Assim, forma-se um abaulamento dos dois lados. Esse tipo de hérnia pode provocar inchaço, dor ou desconforto, especialmente ao realizar esforços físicos, tossir ou permanecer em pé por longos períodos, mas pode ser assintomática em alguns casos. Causas para o quadro clínico de Bolsonaro Presidente Jair Bolsonaro no momento em que levou uma facada — Juiz de Fora (MG), 6/9/2018 | Foto: Reprodução/Redes sociais O bloqueio do nervo frênico também foi recomendado para Bolsonaro, por causa de episódios recorrentes de soluços. Segundo especialistas, esse procedimento utiliza anestesia local e aplicação de medicamento próximo ao nervo que controla o diafragma, com orientação por ultrassom, indicado quando soluções convencionais não são eficazes e há impacto clínico relevante. A hérnia representa uma falha na parede abdominal, originada por fragilidade congênita ou adquirida ao longo da vida, especialmente depois de cirurgias feitas em caráter de urgência. O abdômen é composto por várias camadas, incluindo pele, gordura, músculos e uma membrana protetora chamada aponeurose. Leia também: "Falta vergonha na cara" , artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 301 da Revista Oeste Atrás da aponeurose está o peritônio, uma película lubrificada que facilita o movimento do intestino. Qualquer ruptura nessas camadas pode resultar em aderências, de modo a dificultar o trânsito intestinal e enfraquecer estruturas de proteção, o que favorece o surgimento de hérnias e sintomas como soluços persistentes. No caso do ex-presidente, múltiplas intervenções abdominais e cicatrizes internas tornam a região mais rígida e contribuem para complicações intestinais e, possivelmente, para a frequência de soluços. Essas aderências internas podem alterar o funcionamento do sistema digestivo, com reflexos até na área do diafragma. https://www.youtube.com/watch?v=9uzwrE3ZoTM O post Como vai ser a cirurgia de Bolsonaro apareceu primeiro em Revista Oeste .