Amores, segura essa ceia porque entrei em modo enlouquecida, atrevida e com o olho mais atento que câmera de segurança. Michelle Bolsonaro apareceu nas redes num tom solene, quase bíblico, avisando que estava a caminho do Hospital DF Star para acompanhar a internação do marido. Pediu orações, falou em fé, em redenção, em confiar naquele que vive e reina, e ainda avisou, vai ficar sem celular enquanto estiver ao lado dele. Traduzindo, silêncio total, missão assumida. E não é só drama emocional, não. Michelle é a única pessoa da família autorizada a acompanhar Bolsonaro durante a cirurgia e a recuperação, por determinação judicial. As demais visitas só com autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente será operado no dia de Natal para corrigir duas hérnias inguinais, procedimento que pode durar até quatro horas e sem previsão imediata de alta. Segurança reforçada, policiais na porta, clima de tensão máxima. Michelle assume o papel de primeira-dama do leito, fecha a comunicação, controla o acesso e centraliza tudo, espiritual, emocional e simbólico. Nesse Natal, não tem selfie, não tem zap, não tem bastidor aberto. Tem silêncio calculado, hospital vigiado e uma história sendo contada em tom solene. Quem entendeu, entendeu. Quem não entendeu, reza. Foto: Reprodução/ Instagram