O Banco Central passará por mudanças em sua diretoria a partir de 1º de janeiro de 2026, sem que haja, até o momento, substitutos definidos para os cargos que ficarão vagos. Os mandatos de Diogo Guillen, diretor de Política Econômica, e Renato Gomes, responsável pela área de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, se encerram em 31 de dezembro, conforme publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 24. + Banco Central se diz pronto para explicar ao STF caso Master Lula oficializará a exoneração de diretores do Banco Central em 1º de janeiro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil A ausência de novas indicações por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva levará o Comitê de Política Monetária (Copom) a iniciar o próximo ano com dois membros a menos. A primeira reunião de 2026 está marcada para os dias 27 e 28 de janeiro, já sob essa composição reduzida. Impasse político adia indicações As nomeações foram postergadas em meio à relação instável entre o Executivo e o Senado, além da proximidade do fim do ano legislativo, encerrado na última sexta-feira, 19. Lula e Alcolumbre passam por um momento de tensão depois da indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF), em vez do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Pela legislação aprovada em 2021, cabe ao presidente da República indicar os diretores do Banco Central, que depois precisam passar por sabatina e votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de serem submetidos ao plenário do Senado. Como o novo ano legislativo só começa em 2 de fevereiro de 2026, não houve tempo hábil para a tramitação das indicações antes do término dos mandatos atuais. Diretoria d o Banco Central terá acúmulo de funções Durante o período de transição, integrantes da atual diretoria do Banco Central acumularão funções. Paulo Picchetti, diretor da área internacional, assumirá interinamente a Diretoria de Política Econômica. No entanto, durante a primeira semana de janeiro, a função ficará a cargo de Nilton David, diretor de Política Monetária, enquanto Picchetti estará de férias. Já a Diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução será acumulada por Gilneu Vivan, que atualmente responde pela área de Regulação. + Em 2025, diretores do BC indicados por Lula votaram por aumentar ou manter juros altos A indefinição nas indicações ocorre em um momento sensível para a política monetária, com o Copom responsável por decisões centrais sobre juros e diretrizes econômicas no início do próximo ano. O post Lula oficializa exoneração de diretores do BC em 1º de janeiro apareceu primeiro em Revista Oeste .