Melhores do ano no futebol brasileiro: PH, Ortiz, Léo Pereira e Reinaldo formam a linha de defesa da temporada

Com três times garantidos na próxima edição da Libertadores e um quarto que ficou muito perto de chegar lá, o futebol carioca novamente demonstrou sua força em 2025. E esses momentos de brilho individual e coletivo tiveram participação determinante dos jogadores da linha defensiva. Dos 13 atletas do setor mais citados pela equipe do GLOBO na eleição de melhores do ano, nove atuam no Rio. Tradicionalmente um time de vocação ofensiva, o Flamengo viveu em 2025 um ano relativamente atípico. Os títulos da Libertadores e do Brasileirão vieram em grande parte pela competência dos defensores, fosse em sua função primordial ou pela capacidade de construir o jogo pelo chão. Não à toa, o rubro-negro teve a melhor defesa da Série A (27 gols sofridos) e a da Liberta entre os times que avançaram ao menos até as oitavas de final (cinco). Goleiro: Rossi foi eleito o melhor de sua posição na votação do GLOBO Presente em 34 das 38 partidas do Brasileiro, o antes questionado Léo Pereira se tornou uma unanimidade. Mais seguro do que nunca para garantir a paz do goleiro Rossi, ele ainda experimentou momentos de artilharia, com seis gols feitos. O desempenho fez com que o próprio jogador, o melhor zagueiro do ano na votação do GLOBO, questionasse a falta de espaço na seleção. Não muito diferente foi o ano do outro Léo rubro-negro, o Ortiz, parceiro do Pereira dentro e fora dos gramados e segundo na votação. Se acabou atrapalhado pela lesão que o tirou de boa parte da reta decisiva da temporada, o camisa 3 construiu até ali uma trajetória praticamente irretocável. O apelido Camisa 10 da Zaga, cortesia do ídolo do Zico, ilustra bem a excepcionalidade do jogador. Outros zagueiros também tiveram uma temporada de destaque. O veterano Thiago Silva, que acaba de deixar o Fluminense aos 41 anos, foi mencionado especialmente pelo desempenho na campanha histórica do time na Copa de Clubes, bem como por intervenções decisivas na reta final da temporada. Já Fabrício Bruno e Gustavo Gómez foram, respectivamente, armas de Cruzeiro e Palmeiras nas campanhas de top 3 na Série A. A seleção da temporada do GLOBO até aqui Editoria de Artes Artilharia ofensiva Nas duas laterais, o poderio ofensivo fez a diferença para Paulo Henrique, do Vasco, e Reinaldo, do Mirassol. Ainda que tenham tido atuações defensivas consistentes, é inegável que os dois se destacaram pela vocação para atacar. Tanto é que Reinaldo conseguiu a proeza de, mesmo sendo um defensor, terminar o Brasileirão na sexta colocação entre os artilheiros, com 13 gols. Nenhum outro nome do setor figura entre os 30 maiores goleadores da competição. PH, por sua vez, destacou-se ainda nas assistências. Com oito passes para gol, o defensor cruz-maltino só ficou atrás de Arrascaeta entre os principais garçons do Brasileiro — o que explica em parte sua chegada à seleção brasileira do técnico Carlo Ancelotti. Ele está bem na briga por uma vaga na próxima Copa do Mundo e desperta o interesse de equipes de fora no mercado. Na eleição do GLOBO, os times do Rio dominaram a lateral direita. Além de PH, foram citados Varela (Flamengo), Vitinho (Botafogo) e Samuel Xavier (Fluminense). Na esquerda de Reinaldo, também brilharam o rubro-negro Alex Sandro, o alvinegro Cuiabano e o palmeirense Piquerez.