Para não perder a fama no cenário gastronômico, Botafogo está cheio de novidades, com uma sequência de aberturas e expansões que vão de bares descolados a restaurantes autorais e casas de cozinha internacional. Os endereços que ampliam a diversidade de propostas, da comida de boteco reinventada ao fine dining contemporâneo, passando por sabores italianos, asiáticos, mexicanos e frutos do mar. Mais de 700 jogos de tabuleiro: Luderia abre as portas no Catete Autoconhecimento e consciência ambiental: Confira opções de colônias de férias diferentes na Zona Sul Uma das novidades é a chegada do Caju Gastrobar, que já funciona em Copacabana e inaugura sua segunda unidade em Botafogo para celebrar seis anos de história. Instalado na Rua General Polidoro, perto da Arnaldo Quintela, o novo espaço aposta em uma versão mais compacta, sem abrir mão da identidade que consagrou a marca. Logo na entrada, uma vitrine fria sob o balcão apresenta opções rotativas, que variam de acordo com a sazonalidade e o frescor dos ingredientes, como o Vinagrete de Polvo com Caju, o Salpicão e a “Linguaruda da Vovó”, salada fria de língua de boi com fatias de pão. No cardápio, permanecem os pratos mais pedidos da casa original, como as Bifanas, o Vem de Carne Boa, a Torresmada e a Feijoada Completa. Durante a semana, o almoço executivo segue o formato de uma proteína com dois acompanhamentos. A carta de drinks valoriza ingredientes brasileiros, com receitas como o Carolina, Canela e Cajuína, o Há Mates que Vêm para o Bem e o Querido Caju, batida que virou símbolo da casa. O bar é fruto da sociedade entre Carla Abreu, Carol Bandeira, Daniel Gama e Ju Catharino. O pão de queijo frito servido no Caju Gastrobar Divulgação/Caju Gastrobar Também recém-chegado ao bairro, o Giancarlo resgata o espírito das cantinas italianas clássicas, combinando ambiente familiar e referências dos botequins cariocas. Aberto em novembro, em uma área mais reservada de Botafogo, o restaurante tem menu assinado pelo chef Matheus Zanchini, ex-Borgo Mooca, e foi idealizado por Edu Araújo e Jonas Aisengart. — É um estabelecimento familiar, com o romantismo de outros tempos e muita comida boa —resume o chef, que batizou a casa com o nome do filho. O cardápio sem divisões rígidas propõe uma experiência democrática, que começa com couvert gratuito de focaccia feita na casa. Entre os destaques estão os cicchetti, como o Arancini alla Milanese, pratos que flertam com o paladar carioca, como o Porco à Passarinho, além de massas, risotos, proteínas do mar e da terra, sobremesas clássicas e café de torrefação própria. O ambiente remete aos anos de ouro das cantinas, com salão em terracota, arcos e decoração garimpada em antiquários durante viagem dos sócios à Itália. A casa ainda conta com bar de coquetelaria autoral, carta de aperitivos para o fim de tarde e uma adega com cerca de 100 rótulos do Velho Mundo. —É um lugar para encontros afetivos, como a sala de jantar da família, que está sempre conectada à cozinha e tem sons de conversas e risadas — define Zanchini. A vida noturna de Botafogo também ganha fôlego com a abertura do Satay, bar de pegada asiática localizado na esquina das ruas Mena Barreto e Sorocaba. A proposta combina comida de rua do Sudeste Asiático, coquetelaria autoral e atmosfera urbana. O nome faz referência ao clássico indonésio de carnes grelhadas com molho de amendoim, que aparece no cardápio em versões de frango, camarão ou mignon. A partir dele, o menu se desdobra em pratos inspirados em diferentes países da Ásia, como baos, gyozas, oniguiris, tempurás e pratos principais que exploram especiarias e contrastes de textura. Na coquetelaria, assinada por Diego Barcellos, a fusão Brasil–Ásia aparece em drinks que misturam ingredientes tropicais, técnicas orientais e bases artesanais, dialogando diretamente com os sabores da cozinha. Bao de cogumelo servido no Satay, em Botafogo Divulgação/Satay Na mesma linha de diversidade cultural, a Taquería La Popular reforça a presença da culinária mexicana em Botafogo. A casa abriu na Rua Nelson Mandela, com capacidade para cerca de 100 pessoas e decoração marcada por cores vibrantes e arte nas paredes, assinada por Clarinha Veiga. O cardápio reúne clássicos do México, como flautitas, nachos, tacos em diferentes versões, do Al Pastor ao vegetariano, quesadillas, tortas e burritos. Para beber, há opções como Michelada, Frozen Margarita e Frozen Paloma. As sobremesas incluem churros em espiral e bolo cremoso de milho com sorvete de churros. Torta de Conchinita da Taquería La Popular Divulgação/Taquería La Popular Em um registro mais autoral e intimista, Botafogo passa a abrigar o Nimbus, novo restaurante de fine dining descontraído comandado pelo chef inglês James McLennan em parceria com Ruth de Assis. Após 14 anos na Austrália, McLennan escolheu o Rio para abrir sua primeira cozinha autoral. Com apenas 30 lugares, a casa funciona exclusivamente mediante reserva e oferece um menu degustação de cerca de oito etapas, renovado a cada três meses. A fermentação é um dos pilares da proposta, presente em pães, kombuchas, garums e preparações vegetais, sempre com foco em ingredientes de alta qualidade, majoritariamente de produtores do estado do Rio. Outra novidade relevante é a expansão do Polvo Bar, agora com um novo espaço anexo à casa original, sob o comando da chef Monique Gabiatti. O salão ampliado, climatizado e com cozinha aparente traz mais conforto e mantém a proposta de valorizar frutos do mar de pequenos produtores do litoral fluminense. —Nossa costa é rica e seguir do pescador direto para a mesa, sem intermediário, faz toda diferença — afirma a chef. Monique Gabiatti expandiu o Polvo Bar em Botafogo Divulgação/Taís Barros O menu renovado apresenta criações como a Lambreta à Francesa, tacos de diferentes recheios, friturinhas clássicas da casa, pratos da brasa e novidades na cozinha quente, além de drinks autorais e chope gelado. A paella segue garantida em domingos especiais, ao lado de sucessos já consagrados. Completando a lista de novidades, a Casa Ueda inaugura seu segundo andar após um período em obras. O restaurante japonês comandado pelo chef Eric Ueda, agora com o reforço de Eduardo Nakahara, passa a contar com mesas tradicionais e um tatame privativo, o Ozashiki, disponível sob reserva. A nova decoração segue uma estética inspirada em bares japoneses de funcionamento quase ininterrupto. — Trouxemos essa energia para o novo espaço — conta Eric. A ampliação reforça a proposta da casa de oferecer uma experiência autêntica da culinária japonesa em um ambiente intimista. Casa Ueda abriu segundo andar em Botafogo Divulgação/Tomás Rangel Initial plugin text