O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou sua decisão de manter a acareação sobre o caso do Banco, mesmo depois de solicitação contrária feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. + Leia mais notícias de Política em Oeste O pedido de Gonet, enviado à Suprema Corte, buscava suspender o procedimento. A alegação é de que o momento da investigação não é adequado para o confronto direto entre os investigados. Para o PGR, a acareação deveria acontecer só depois dos depoimentos formais, quando eventuais contradições ficassem evidentes. No entanto, Toffoli afirmou já existirem fundamentos suficientes para realizar a acareação nesta etapa, conforme informações da CNN Brasil. O processo tramita sob sigilo e a audiência virtual deve ocorrer em 30 de dezembro, durante o recesso do Judiciário. Convocados por Toffoli e foco da investigação Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli | Montagem: Revista Oeste/Shutterstock/Reprodução Estão convocados para a acareação Daniel Vorcaro, fundador do Banco Master, Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, e Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central. A iniciativa partiu diretamente do ministro Toffoli, sem pedido da Polícia Federal. O ministro centraliza no STF toda a investigação envolvendo o Banco Master e determinou sigilo sobre os autos. https://www.youtube.com/watch?v=sLdhI2XCelA Dados do Banco Central sugerem que o caso envolve um suposto rombo de R$ 12 bilhões em créditos inexistentes no balanço do Master, acusação negada pela instituição. O episódio ganhou notoriedade depois de fracassar a tentativa de venda do banco ao BRB, anunciada em março e vetada pelo Banco Central em setembro. Em 18 de novembro, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master, coincidindo com a deflagração da operação Compliance Zero pela Polícia Federal, que prendeu Vorcaro e outros executivos. Leia também: "Anatomia de uma fraude" , reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 301 da Revista Oeste A conduta do Banco Central, em especial do diretor Ailton de Aquino, está em análise. Um ofício interno da autarquia, que registra videoconferência entre Aquino e Vorcaro em 17 de novembro, passou a ser peça central na defesa do banqueiro. O documento foi usado para enfraquecer a justificativa de risco de fuga, que originou a prisão preventiva, e contribuiu para a concessão de liberdade, com restrições, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Segundo Gonet, antecipar a acareação pode prejudicar a condução da investigação e não está conforme os critérios do Código Penal. A decisão sobre o pedido segue sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal. O post Master: Toffoli mantém acareação mesmo com pedido de suspensão do PGR apareceu primeiro em Revista Oeste .