A Justiça do Distrito Federal concedeu na noite de quarta-feira (24) uma medida protetiva contra o auditor da CGU (Controladoria-Geral da união) David Cosac Júnior, que apareceu em imagens de câmeras de um condomínio agredindo a ex-namorada e o filho dela, de apenas quatro anos. O caso ocorreu em 7 de setembro, em Águas Claras (DF), mas foi divulgado nesta semana. Na ocasião, como mostram imagens em vídeo, o homem desferiu tapas e socos contra as vítimas, que caíram no chão. Os ferimentos de ambos foram considerados contundentes, mas não houve a necessidade de hospitalização. Agressão: Lula diz que mandou abrir processo de expulsão de auditor da CGU que agrediu mulher e criança Pela decisão da Justiça, obtida pelo GLOBO, o agressor não poderá se aproximar da criança e de seus familiares, assim como não poderá fazer nenhum tipo de contato com eles, incluindo por e-mail ou redes sociais. David Cosac Júnior também está proibido de frequentar o condomínio da ex-namorada. Nesta quinta-feira, o presidente Lula se pronunciou sobre o ocorrido e disse que pediu ao ministro Vinicius Marques de Carvalho, Controlador-geral da União, que abra um processo interno de responsabilização e expulsão contra o auditor da CGU. Initial plugin text m Outras agressões Os tapas e socos desferidos por David Cosac Junior contra mãe e filho não foram as primeiras agressões cometidas pelo auditor, mostram os autos do processo a que O GLOBO teve acesso. Durante uma viagem do então casal ao Nordeste, no meio do ano, o auditor bateu na criança utilizando um chinelo. Na ocasião, as nádegas do menor ficaram marcadas. Após o ocorrido, a mãe do menor terminou o relacionamento com o servidor público. Seis anos antes, também mostram os autos, Junior foi condenado a pagar uma indenização de R$ 600 reais, firmada em acordo, após agredir verbalmente o gerente de um supermercado, pela demora no atendimento de uma reclamação. Na ocasião, o homem relatou ter sido xingado de "vagabundo" e que não "era homem". Ainda segundo o acusador, o servidor enfatizou ser funcionário público da CGU e o "humilhou". O caso foi registrado na delegacia de Águas Claras e virou um processo por danos morais, terminado em acordo e com o pagamento da indenização de R$ 600 reais. Procurado pelo GLOBO, David Cosac Junior não se pronunciou.