Morre mulher atropelada e arrastada por homem em SP Reprodução/TV Globo A jovem atropelada e arrastada por um em uma via expressa de São Paulo, morreu, depois de 25 dias internada em um hospital. O comunicado de que a despedida será nesta sexta-feira (26) mostra uma moça sorridente. “Tay descansou". Disse a mãe dela, em uma rede social, “Agora vou lutar por justiça. Não só por ela, mas por todas as mulheres e conto com apoio de todos”. Tainara Souza Santos morreu na noite de Natal, depois de quase um mês internada em estado grave. Ela passou por pelo menos 5 cirurgias e amputações de membros. Tainara tinha 31 anos e dois filhos pequenos. Ela foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro em uma via expressa da capital paulista. O caso, inicialmente tratado pela polícia como tentativa de feminicídio, agora vai entrar nas estatísticas como mais um feminicídio - que é quando um homem mata uma mulher pelo fato de ela ser mulher. Em 29 de novembro, Tainara saiu de um bar acompanhada de um amigo, quando foi atropelada por um carro. Uma pessoa filmou Tainara presa debaixo do veículo. O motorista era Douglas Alves da Silva, de 26 anos. Ele está preso. Segundo a polícia, testemunhas contaram que Tainara e Douglas tiveram um relacionamento esporádico e que durou pouco, mas que ele não aceitava o fim da relação. Ainda de acordo com as testemunhas, na noite anterior ao crime, Douglas viu Tainara acompanhada de um homem e discutiu com os dois. Em 2025, o Ministério da Justiça e Segurança Pública registrou quatro feminicídios por dia no Brasil. Até novembro, 1.331 mulheres foram assassinadas. E as tentativas de feminicídio aumentaram. Mesmo ainda sem ter acabado, este ano teve mais casos do que em 2024 e 2023. Uma média de 10 tentativas de matar uma mulher por dia no país. Douglas Alves da Silva virou réu por tentativa de feminicídio. Agora, deverá ser julgado por feminicídio e pode ser ser condenado a uma pena maior, de até 40 anos. Morre mulher atropelada e arrastada por homem em SP Reprodução/TV Globo Silvana Mariano, pesquisadora de um grupo que estuda feminicídio, diz que para que esses números caiam, é necessário investir em políticas públicas de prevenção. "É preciso mudar essa cultura em que os homens acreditam ter a propriedade sobre as mulheres porque tiveram em algum momento um relacionamento íntimo, amoroso ou sexual com elas. E reeducar os meninos para isso também. O sistema de ensino, a política educacional tem papel-chave nisso, que deveria desempenhar no contexto brasileiro".