O verão da bossa nova, do funk, da lata, do biquíni, dos campeonatos cariocas inesquecíveis, dos carnavais de rua e dos camarotes… São inúmeras as histórias que fazem do namoro do Rio com a estação mais quente uma relação sempre renovada. Para celebrar com a cidade a volta desse clima e lembrar como essa dupla dita, juntinha, moda e cultura pelo Brasil e mundo afora, O GLOBO lança, nesta sexta, o especial “Mil e uma histórias de verão”. Em vídeos com memórias fresquinhas, cariocas e visitantes que mergulharam de cabeça nas aventuras de dezembro a março no Rio abrem relatos marcantes da época calorenta e calorosa. Verão 2026: assistir a show direto da piscina, hidratante labial para beijar na boca e mais hits da nova estação no Rio Vídeo: veja dicas de guarda-vidas que faz sucesso nas redes sociais para aproveitar a praia sem riscos neste verão Compõem a lista dos que têm ao menos um calor para recordar cantores, jornalistas, atletas, políticos, figuras com a alma das ruas, do subúrbio e das praias, personagens cheios de histórias para relembrar. Quem abre o especial é o jornalista, comentarista e ex-político Fernando Gabeira, protagonista de uma das temporadas mais marcantes do fim dos anos 1970 e início dos 1980. Mil histórias de verão: Verões inesquecíveis de Fernando Gabeira — Ultimamente, o verão tem tido uma característica especial, determinada um pouco pelas mudanças climáticas. A temperatura ficou mais alta. Em alguns lugares, passou a ser um problema de saúde pública. No Rio, também é assim. Tanto que houve a criação do Protocolo de Calor no município — alerta ele. — O verão que era no passado puro romantismo, pura diversão, hoje é também uma preocupação de saúde a partir das mudanças climáticas. Gabeira nasceu há quase 85 verões, num 17 de fevereiro de temporal, em Minas Gerais. Há décadas, no entanto, o Rio é a sua casa para trabalhos e refrescos: nada há 40 anos no Flamengo, anda de bicicleta na Lagoa e está na memória de muitos brasileiros como o protagonista do Verão da Tanga, história que recupera em vídeo especial para O GLOBO publicado nesta sexta nas redes. A tanga de tricô usada por Gabeira ficou guardada em cofre no CCBB Marizilda Cruppe/30-07-1999 — Comprei uma tanga na Fiorutti, uma loja que tinha na Praça Nossa Senhora da Paz. E outra tanga eu ganhei da minha prima, Leda (Nagle). Usei uma e foi uma repercussão muito grande. Homens não usavam tanga no Brasil — lembra Gabeira, de 84 anos, contextualizando que, naquela época, tinha acabado de voltar da Europa, onde se exilou e onde ia à praia nu, enquanto no Rio já se esperava o fim da ditadura e mais liberdade. — Era o anúncio de um novo tempo.