Milão e Cortina d’Ampezzo, na Itália, serão as sedes dos próximos Jogos Olímpicos de Inverno. Entre 6 e 22 de fevereiro, cerca de 2.900 atletas de 16 esportes de inverno disputarão 116 eventos de medalhas. São esperados mais de 90 Comitês Olímpicos Nacionais ao longo dos 17 dias de competições – incluindo o Brasil. Confirma cinco fatos sobre o evento: Vale de Cortina d'Ampezzo: cidade será sede do evento Stefano RELLANDINI / AFP Pela primeira vez, duas sedes oficiais Os Jogos Olímpicos de Inverno Milão Cortina 2026 já entra para a história antes mesmo de começar. Esta é a primeira vez que uma edição tem duas sedes oficiais. As cidades de Milão, na Lombardia, e Cortina d’Ampezzo, na região de Veneto, dividem a responsabilidade de organizar o evento. Além disso, os dois locais também contarão com apoio das províncias autônomas de Trento e Bolzano para muitos esportes. Assim, a próxima disputa olímpica cobrirá uma área total de 22 mil quilômetros quadrados, o que a torna com a maior abrangência geográfica da história e com experiências totalmente descentralizadas. A italiana Dorothea Wierer, de 35 anos, do biatlo e dona de três medalhas olímpicas, vai competir em seu país, a poucos quilômetros de sua casa de infância: ápice da carreira Michal Cizek / AFP Maior participação feminina na história Em conformidade com a estratégia do Comitê Olímpico Internacional (COI) em ampliar a participação do esporte feminino, Milão Cortina 2026 terá a maior presença feminina na história de uma edição Olímpica de inverno. A expectativa é que 47% dos cerca de 2.900 atletas esperados nos 16 esportes sejam mulheres. Dos 116 eventos de medalha, 50 serão femininos (recorde) e, ao todo, 12 modalidades terão equidade de gênero. Além disso, pela primeira vez as mulheres competirão nas mesmas distâncias do que os homens no esqui cross-country. Initial plugin text Novo esporte após 24 anos É natural que o programa olímpico de inverno passe por pequenas alterações a cada edição, mas a inclusão de um novo esporte é raro de acontecer. Milão Cortina 2026 verá a estreia de uma nova modalidade olímpica de inverno após 24 anos: o esqui de montanha. Após uma experiência bem-sucedida nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Lausanne 2020, o esporte terá três eventos na neve italiana: sprint feminino e masculino e o revezamento misto. É a primeira inclusão de uma modalidade completa desde o retorno do skeleton em Salt Lake City 2002. Parte da Arena Sudtirol: biatlo em Anterselva Stefano RELLANDINI / AFP Lugares icônicos Também em conformidade com a estratégia de tornar os Jogos mais sustentáveis, Milão Cortina 2026 terá 90% das instalações já existentes ou temporárias. Dessa forma, os fãs poderão acompanhar provas em locais icônicos para o esporte e a cultura não só da Itália, mas em todo o mundo. As arenas do esqui cross-country e do biatlo em Tesero e Anterselva, por exemplo, estão entre os melhores lugares para a prática das duas modalidades. Já o futebol emprestou o San Siro, casa do Milan e da Internazionale, para a Cerimônia de Abertura, assim como Verona emprestará sua Arena, um anfiteatro da Roma antiga do século I, para a Cerimônia de Encerramento. Lucas Pinheiro Braathen: esperança de medalha para o Brasil Johann GRODER / APA / AFP Brasil com chance de medalha inédita O Brasil chegará a dez participações olímpicas de inverno. Desde a estreia em Albertville 1992, o país sempre enviou ao menos um atleta para a disputa. Além desta marca, a próxima edição tem tudo para ser histórica: há uma expectativa pelo recorde de delegação (atualmente em 13 atletas em Sochi 2014) e também pela chance de medalha inédita. Atletas como Lucas Pinheiro Braathen no esqui alpino, Nicole Silveira no skeleton e Pat Burgener no snowboard estão entre os principais nomes de suas modalidades.