Um júri da cidade de Baltimore ordenou que a Johnson & Johnson pagasse mais de US$ 1,5 bilhão em um processo que alegava que os produtos de higiene pessoal à base de talco da empresa causaram câncer em uma mulher de Maryland. Segundo o The Wall Street Journal, os advogados de Cherie Craft, revelaram que o veredito é o maior já proferido contra a Johnson & Johnson em relação a uma única demandante. A empresa nos últimos anos tem sofrido diversos processos judiciais devido a alegações de que seus produtos à base de talco causam câncer. Segundo a mulher, o talco para bebês da Johnson & Johnson a expôs ao amianto, o que levou ao seu diagnóstico de mesotelioma em janeiro de 2024. Na segunda-feira, o júri do Tribunal do Circuito da Cidade de Baltimore concedeu a Craft US$ 59,84 milhões em indenização por danos e impôs indenizações punitivas de US$ 1 bilhão contra a Johnson & Johnson e de US$ 500 milhões contra a Pecos River Talc, uma subsidiária da Johnson & Johnson. Este não é o primeiro caso da empresa. A Johnson & Johnson enfrentou milhares de processos judiciais que associam seu talco para bebês ao câncer. A empresa já tentou resolver o litígio por meio de um acordo de falência, mas esses esforços foram rejeitados pelos tribunais. No início deste ano, um júri do Condado de Los Angeles condenou a Johnson & Johnson a pagar US$ 966 milhões em um processo alegando que o talco para bebês da empresa causou mesotelioma em uma mulher, doença que a levou à morte em 2021.