Um agressor da Cisjordânia ocupada por Israel matou duas pessoas em um ataque com carro e facadas no norte de Israel nesta sexta-feira, informaram as autoridades israelenses. A polícia local disse que uma investigação preliminar definiu a ação, na região da Galileia, em Israel, como um ato terrorista. O episódio de violência ocorre em meio à escalada das tensões entre israelenses e palestinos na Cisjordânia, enquanto o governo do premier israelense, Benjamin Netanyahu, investe há meses na repressão contra militantes locais, que resultou no deslocamento de dezenas de milhares de pessoas. Guga Chacra: Natal dos cristãos do Oriente Médio Veja também: Israel prorroga lei que permite censura a veículos de comunicação estrangeiros considerados 'perigosos' pelo país As forças policiais disseram que um homem de 68 anos foi atropelado em Beit Shean, perto da fronteira de Israel com a Jordânia. Mais tarde, uma jovem de 20 anos foi esfaqueada nas proximidades. O Magen David Adom, serviço de resgate de emergência israelense, confirmou a morte das duas pessoas. Segundo o serviço, outras duas pessoas sofreram ferimentos leves. Um civil atirou no agressor, que foi levado a um hospital com ferimentos moderados, informou a polícia. Initial plugin text Após o incidente, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou ter determinado que as tropas israelenses adotem uma resposta dura em Qabatiya, na Cisjordânia, cidade que, segundo ele, seria a origem do autor do ataque. O Exército informou ainda que “se prepara para uma operação” na região. O ataque ocorreu um dia depois de um reservista das forças armadas de Israel, que estava à paisana, atropelar com seu veículo um palestino que rezava à beira de uma estrada na Cisjordânia, após ter feito disparos na região. “Foram recebidas imagens que mostram um homem armado atropelando um palestino”, informou o Exército israelense, em comunicado sobre o ataque de quinta-feira, acrescentando que o reservista já havia sido desligado do serviço militar. O palestino foi levado a um hospital para exames e, depois, recebeu alta e voltou para casa. Desde 7 de outubro de 2023 — data que marcou o início da guerra em Gaza — mais de 1.000 palestinos foram mortos na Cisjordânia, a maioria em operações das forças de segurança israelenses e parte em episódios de violência envolvendo colonos, segundo as Nações Unidas. No mesmo período, 57 israelenses morreram em ataques cometidos por palestinos. (Com AFP e New York Times)