Aprendizagem imersiva e VR são tendências para 2026

Em 2025, a inteligência artificial passou de um papel de suporte para se tornar parte central da experiência de aprendizagem, impulsionando percursos personalizados e flexíveis. Na Pearson, foram lançadas ferramentas que integram o aprendizado ao dia a dia, como o Communication Coach, que oferece dicas em tempo real sobre clareza e tom durante reuniões, e o Revibe, um dispositivo vestível com IA que ajuda os estudantes a manterem o foco. Houve ainda ferramentas de estudo baseadas em IA que aumentaram o engajamento dos alunos e módulos de letramento para apoiar o uso responsável da IA. Para 2026, a tecnologia evolui mais rápido do que as habilidades humanas conseguem acompanhar, tornando a preparação para o futuro e o aprendizado contínuo mais importantes do que nunca. Ao olhar para o próximo ano, a prioridade é tornar os sistemas de aprendizagem acessíveis, intuitivos e preparados para o futuro. A seguir, três especialistas da Pearson compartilham as tendências que devem definir o ano: Aprendizagem imersiva: dando vida à educação "Vamos ver cada vez mais a exploração da aprendizagem imersiva e de como podemos usar a Realidade Virtual (VR) ou a Realidade Estendida (XR) para criar experiências personalizadas que atendam a objetivos específicos de aprendizagem. O verdadeiro potencial está na aprendizagem imersiva apoiada pela ciência da aprendizagem e com padrões pedagógicos claros: atividades breves e direcionadas que reforçam conceitos, seja por meio de explorações gamificadas ou do desenvolvimento de habilidades realistas. O mercado deve amadurecer, oferecendo tanto jornadas conceituais criativas quanto práticas aplicadas, tornando a aprendizagem imersiva uma estratégia para aprofundar a compreensão e desenvolver habilidades do mundo real", avalia Dave Treat, Chief Technology Officer Global. Do passivo ao ativo: a transição para sistemas agênticos "No início do ano, eu disse que este não seria o ano dos agentes, mas sim a década dos agentes. O ano de 2025 foi um turbilhão de anúncios e de desenvolvimentos incríveis, mas a adoção com geração de valor real ainda deve levar alguns anos. Em 2026, esse ritmo acelerado continuará e será o ano em que a IA agêntica deixará de ser uma ferramenta instável para se tornar uma parceira produtiva. Em alguns casos de uso, especialmente em programação, agentes inteligentes estão passando de simplesmente completar tarefas repetitivas automaticamente para atuar de forma autônoma por períodos mais longos — ainda assim, sempre com o humano no controle", afirma Jody Gajic, diretor do Pearson Labs. Segundo Gajic, é possível que isso se expanda para uma colaboração maior com colaboradores em diferentes áreas do negócio, resolvendo problemas, otimizando fluxos de trabalho e conectando dados entre funções corporativas, permitindo que as pessoas se concentrem em tarefas de maior valor e desenvolvam novas competências para o próximo nível. "No entanto, o verdadeiro diferencial não será apenas a adoção precoce. Serão as organizações que aprenderem a gerenciar agentes como parte da força de trabalho, incorporando-os de forma responsável, com os padrões e a supervisão adequados, além de um compromisso com a capacitação contínua das pessoas para direcionar, supervisionar e aprimorar esses sistemas ao longo do tempo". Aperfeiçoamento das habilidades de liderança De "A IA vai substituir os gestores?" para "Os gestores saberão usar o tempo que a IA lhes proporciona?" "À medida que a IA automatiza o ruído administrativo, como atualizações de status, agendamentos e relatórios, bons gestores finalmente ganham espaço para se concentrar no que realmente impulsiona o desempenho: coaching em tempo real, conversas individuais significativas e o fortalecimento das capacidades da equipe. Mas nem todos os gestores estarão à altura desse momento. Alguns tentarão terceirizar para a IA também as partes humanas do trabalho, como conversas sobre carreira, desempenho e desenvolvimento. Isso não é delegação; é abdicação. A IA pode escrever seus relatórios. Ela não pode conquistar o respeito da sua equipe", analisa Ali Bebo, Chief Human Resources Officer.