Há 21 anos, em 26 de dezembro de 2004, o Oceano Índico se transformou no palco de um dos episódios mais devastadores já registrados pela humanidade. Um terremoto de magnitude 9,1 , ocorrido próximo à costa da Indonésia, desencadeou um tsunami que varreu comunidades inteiras em questão de minutos e deixou um rastro de destruição sem precedentes. O tremor teve origem a cerca de 30 quilômetros de profundidade , ao longo da falha tectônica entre as placas Indo-Australiana e Euroasiática. A ruptura liberou energia equivalente a milhares de bombas atômicas. Minutos depois, ondas que chegaram a mais de 30 metros de altura avançaram principalmente sobre o litoral da Indonésia, da Tailândia, do Sri Lanka e da Índia. Além disso, não poupou outros países do Sudeste Asiático e do leste da África. Tsunami: a tragédia do século XXI O balanço humano foi brutal. Estima-se que mais de 230 mil pessoas tenham morrido ou desaparecido, tornando o tsunami asiático o desastre natural mais letal do século XXI. Milhões ficaram desabrigados. Cidades costeiras foram simplesmente apagadas do mapa, enquanto famílias foram desse modo separadas de forma definitiva em um intervalo de tempo inferior a uma hora. https://twitter.com/SriLankaTweet/status/2004362623945789941?s=20 Além da escala da tragédia, o episódio revelou fragilidades globais. À época, o Oceano Índico não contava com um sistema de alerta para tsunamis semelhante ao existente no Pacífico. Em muitos locais, moradores sequer sabiam o que significava o recuo repentino do mar — um dos sinais clássicos de tsunami — e acabaram assim caminhando em direção ao perigo. Leia também: “Lama na toga” , reportagem publicada na Edição 302 da Revista Oeste Mais de duas décadas depois, o tsunami asiático voltou ao centro das atenções nas redes sociais. Usuários resgataram imagens, relatos de sobreviventes e vídeos históricos da destruição, reacendendo a memória coletiva sobre a dimensão da tragédia. O tema ganhou força principalmente em datas simbólicas, impulsionado por documentários, reportagens especiais e depoimentos emocionantes compartilhados por quem viveu o desastre. https://twitter.com/Rainmaker1973/status/2004454634963062988?s=20 Como legado, o episódio provocou mudanças profundas. Países investiram em redes de boias oceânicas, sensores sísmicos e protocolos de evacuação. Programas educativos passaram a ensinar populações costeiras a reconhecer sinais de risco. A ciência avançou na modelagem de tsunamis e na comunicação de alertas em tempo real. + Leia mais notícias de Mundo na Oeste O post Tsunami asiático: um dos maiores desastres naturais da história completa 21 anos apareceu primeiro em Revista Oeste .