Gestão inteligente amplia o acesso à água e à cidadania no Estado do Rio

Ter água saindo da torneira ainda é um sonho para muitos brasileiros: segundo o estudo mais recente do Instituto Trata Brasil, 32 milhões de pessoas vivem sem acesso à água potável no país. É diante desse desafio que, desde 2021, a Águas do Rio vem investindo em reformas e em tecnologia de ponta para modernizar a infraestrutura existente, reduzir perdas e ampliar o abastecimento em 124 bairros da capital e nos 27 municípios onde atua no Estado do Rio, levando saúde, dignidade e cidadania a mais de dez milhões de pessoas. — Por muitos anos, o Brasil não investiu em serviços de abastecimento de água, e o Rio de Janeiro é um reflexo disso. Desde que assumimos a concessão, temos trabalhado para superar desafios históricos e levar água e saneamento para as pessoas. Água e saneamento representam saúde e dignidade — Diego Dal Magro, diretor de Operações da Águas do Rio. Ao todo, já foram investidos R$ 5,1 bilhões em obras e equipamentos como válvulas inteligentes, que ajustam automaticamente a pressão da rede, e boosters, sistemas de bombeamento que garantem o nível de pressão adequado para que a água chegue em áreas elevadas do estado. O “cérebro” das operações da companhia está no Centro de Controle Operacional Integrado (COI), que permite o monitoramento do abastecimento em tempo real. — O COI combina softwares, processos, um modelo operacional maduro e infraestrutura, com sistemas como sensores e computadores programáveis que transmitem informações em tempo real. Esses dados são analisados com ajuda de inteligência artificial, que apoiam na antecipação de possíveis problemas e pontos constantes melhorias no sistema de abastecimento de água, como vazamentos e até grandes intervenções. Isso é disruptivo para o Rio de Janeiro e foi implementado de forma rápida na maior parte do sistema — orgulha-se Dal Magro. Centro de Operações Integradas (COI) da Águas do Rio: softwares, inteligência artificial e monitoramento em tempo real para mitigar desperdícios Divulgação Além do centro de controle, a empresa investiu também em uso de satélite, robôs e em um complexo de simulação de operações que, combinados, permitem a identificação de vazamentos não visíveis, maior eficiência no diagnóstico, planejamento, execução de reparos e, principalmente, melhorias e modernizações no sistema. Como resultado, 18 bilhões de litros de água deixaram de ser desperdiçados. — Praticamente toda a tubulação de abastecimento está localizada abaixo do solo. Em algumas regiões da cidade, os vazamentos não são visíveis. Por meio de satélite, identificamos os pontos não visíveis. Colocamos também robôs dentro das tubulações, principalmente nas mais antigas, para que com seus sensores identifiquem vazamentos, examinando por dentro. Além disso, contamos com um software que prevê o resultado de várias intervenções, fazendo com que possamos optar por ações mais eficazes — explica o diretor. Válvulas que medem a pressão da água e reduzem perdas: toda a tubulação de abastecimento está abaixo do solo – Foto: Divulgação Inovação com impacto social Mas nem tudo é tecnologia nas operações da Águas do Rio. A empresa conta ainda com uma valiosa ferramenta: a proximidade com a população. Por meio do projeto “Vem com a gente”, a companhia mobilizou mais de dois mil colaboradores para visitas às casas com o objetivo de entender e resolver a necessidade dos clientes, explicar como funciona o serviço de abastecimento e cadastrá-los na Tarifa Social, hoje oferecida a dois milhões de pessoas. A ação resultou em um aumento de 110% de inscritos no benefício. — O serviço de água e saneamento integra as pessoas à sociedade. Estamos, neste momento, levando melhorias no sistema de água para oito comunidades do Rio de Janeiro, e já atuamos e operamos em todas que estão presentes na nossa área de atuação, e muitos dos novos clientes nunca haviam tido um comprovante de residência — lembra Dal Magro. Vanessa de França, moradora do Morro do Amor, que conseguiu pela primeira vez ter um comprovante de residência em seu nome por meio da Águas do Rio Divulgação Moradora do Morro do Amor, em São João de Meriti, Vanessa de França, de 43 anos, teve acesso este ano à Tarifa Social. Mais do que abastecimento de água, seu registro permitiu a realização de um sonho. — Eu precisava de um comprovante no meu nome para resolver tudo que estava travado: abrir conta no banco, conseguir benefícios e até fazer matrícula dos meus filhos. Estava esperando por essa ação há muito tempo e finalmente consegui. É um alívio enorme — conta. A proximidade com a população também é fundamental em momentos em que a empresa precisa realizar paralisações programadas do Sistema Guandu para manutenção da Cedae. Em novembro deste ano, a Águas do Rio realizou cerca de 90 ações simultâneas na capital e na Baixada Fluminense, dentro do seu Programa de Modernização do Abastecimento. — Quando o sistema para, aproveitamos para fazer várias melhorias, que naturalmente exigiriam uma pausa. No mês passado, durante a parada do Guandu, foram 90 intervenções. Se fosse fazer de outra forma, teríamos que ir parando o sistema individualmente — explica o diretor.