Maíra Cardi compartilhou nas redes sociais as mudanças que enfrentou na intimidade com o marido, Thiago Nigro, após o nascimento da filha. Segundo a influenciadora, mesmo após o período de resguardo, geralmente entre 40 e 60 dias, o retorno à vida sexual não é imediato nem igual ao que era antes. Ranking de influenciadores 2025: veja quem mais gerou engajamento nas redes sociais no Brasil Desejos secretos estão sendo atendidos por IAs; entenda essa nova tendência "Passando os 40 dias, no meu caso foram 42, você pode voltar [a se relacionar sexualmente], mas não é como antes. Parece que está tudo fechado de novo, dá um incômodo. É estranho, chega a ser dolorido, como se fosse a primeira vez. Não é aquela harmonia que a gente acha que vai ser igual antes", revelou. Além de relatar o desconforto, Maíra reforçou a importância de respeitar o período de resguardo e os cuidados médicos. Ela comentou sobre casos graves de infecção quando a relação é retomada cedo demais. "Depois do parto, tanto normal quanto cesárea, o útero fica aberto, fica ferido, então precisa do resguardo de 40 dias", explicou. A empresária também falou sobre experiências inesperadas, como o vazamento de leite durante a relação. "Ninguém te avisa que, durante o ato, por causa da oxitocina, o peito começa a vazar. É a maternidade lembrando que aquele corpo agora é da criança. As mulheres deveriam estar preparadas psicologicamente para isso", disse. Apesar das dificuldades, Maíra destacou momentos positivos: "Teve uma parte muito boa, que foi voltar a encostar barriga com barriga. É um abraço que fazia muito tempo que eu não sentia. Isso foi maravilhoso. A parte ruim é que você se sente virgem de novo, e é desagradável. Mas faz parte do pós-parto." A realidade do sexo após o parto A experiência relatada por Maíra encontra respaldo em estudos científicos. Pesquisas nos Estados Unidos indicam que o retorno do desejo, do prazer e da frequência sexual aos níveis anteriores à gravidez pode levar até um ano. Cada mulher possui seu próprio ritmo de recuperação, e, durante o período puerperal, o foco principal deve ser o bem-estar físico e emocional da mãe e do bebê. Segundo dados publicados na Clinical & Biomedical Research, até 86% das mulheres apresentam queixas sexuais após o parto, incluindo diminuição do desejo e dispareunia — dor genital durante a relação. O corpo também sofre alterações hormonais importantes, como o aumento da prolactina, que reduz a libido, e a diminuição do estrogênio, responsável pela lubrificação vaginal, fatores que podem causar desconforto ou ardência durante o sexo. Quando retomar as relações Após o parto, retomar a vida sexual é um processo que exige atenção ao corpo e ao bem-estar emocional da mãe. O tempo recomendado costuma ser de cerca de 40 dias, tanto para partos normais quanto cesarianas, mas pode variar de acordo com a recuperação individual e o conforto físico. Pesquisas mostram que cerca de 52% das puérperas voltam a ter relações entre cinco e seis semanas após o nascimento do bebê, enquanto até o terceiro mês, 90% já retomaram a intimidade. Especialistas alertam que qualquer dor, desconforto ou dúvida deve ser discutida com um profissional de saúde, que pode orientar sobre cuidados físicos e emocionais, garantindo que a retomada da intimidade seja segura, gradual e prazerosa. A Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) destaca ainda a importância do diálogo aberto entre os parceiros, reforçando que retomar a intimidade deve ser uma decisão consciente e prazerosa para ambos, respeitando os limites e as mudanças que o corpo materno apresenta nesse período.