Na Zona Oeste do Rio, o feriado de Natal terminou com um caso de violência contra a mulher, que resultou em morte. Letícia de Sousa Braga, de 29 anos, foi esfaqueada pelo companheiro em Inhoaíba, na noite da última quinta-feira, dentro da residência do casal. A vítima chegou a ser acudida por moradores das proximidades, que a levaram para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na região, mas ela não resistiu aos ferimentos. Seu velório será na tarde deste sábado. Feminicídio: Mulher é morta a facadas pelo companheiro em Inhoíba, na Zona Oeste do Rio Caso na Lapa: Suspeito de feminicídio em imóvel incendiado é baleado e morto no Rio De acordo com vizinhos, o crime aconteceu depois de uma discussão e teria sido presenciado por dois dos três filhos do casal, que chegaram a ver a mãe sangrando. Os próprios moradores relatam que colocaram Letícia na mal de um carro para socorrê-la até a unidade de saúde. Entretanto, a mulher chegou sem vida à UPA. — Eles estavam muito tranquilos e, do nada, os dois (o casal) subiram (para a casa). Ela desceu muito machucada, sangrando muito; tentaram socorrê-la para levar para o hospital, mas, infelizmente, ela não resistiu — contou um vizinho, que preferiu não se identificar, em entrevista à TV Record. O casal teria vindo de uma confraternização de fim de ano quando as brigas começaram. Horas antes do feminicídio, o clima entre os dois aparentava ser tranquilo, de forma que Letícia publicou uma foto com o marido no seu perfil do Instagram, horas antes de ser morta. — Tive contato com ele no ano passado, quando trabalhava de segurança em mercado do bairro de Cosmos, aqui na Zona Oeste, em seguida ele passou a trabalhar em outros dois mercados também no mesmo bairro — relatou um agente comunitário, que preferiu não ser identificado, sobre a profissão do marido de Letícia. Uma das moradoras da vizinhança afirmou que a rotina do casal era de brigas e que amigas de Letícia já haviam alertado a mulher para se afastar do esposo. Velório neste sábado, no Caju O assassinato gerou revolta, de forma que, após o ataque, o suspeito foi agredido por vizinhos, quando tentava fugir da cena do crime. Segundo a Polícia Militar, durante a confusão, ele também sofreu ferimentos por faca e precisou ser levado para o Hospital municipal Rocha Faria, onde permanece em observação, sob custódia. Familiares de Letícia não tinham condições de custear o seu velório e precisaram abrir uma vaquinha virtual para arcar com as despesas do enterro. Após 26 doações, o valor foi alcançado. O sepultamento está marcado para as 14h deste sábado, no cemitério São Francisco Xavier, no Caju. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso, tratado como feminicídio. Em nota, a especializada informou que agentes realizam diligências para apurar as circunstâncias da morte de Letícia. O registro inicial da ocorrência foi feito na 35ª DP (Campo Grande).