Conhecido por novelas como "Alma gêmea" (2005) e "Sete pecados" (2007), Rodrigo Phavanello viveu, há dois anos, uma experiência diferente: protagonizou uma novela em Luanda, na África. Na trama, chamada "Mahinga" (que pode ser traduzida como "Feitiço"), ele interpretou Samuel, um estudioso de assuntos místicos que chega da Bahia. Entrevista: Cissa Guimarães fala da carreira, do selinho em Chico Buarque em manifestação e da rotina atribulada: 'Estou namorando menos, o que acho um saco' Aos 70 anos: Raul Gazolla fala da volta aos palcos e lembra que enteada sustentou a família produzindo conteúdos eróticos na internet — É uma novela que aborda o misticismo, assunto pelo qual sou bem interessado. A oportunidade veio através de uma empresária portuguesa que me fez a proposta. Na época, até tive convite para trabalhar no Brasil, mas quis aproveitar a chance. Nosso ritmo é completamente diferente do deles. O processo de gravação lá é bem mais lento, mas, se surgir uma outro papel, eu aceito sem dúvidas. Adoraria trabalhar em Portugal, por exemplo — explica. Para se dedicar ao trabalho, Phanavello passou nove meses no país. A mulher, Sabrina Paiva, ia visitá-lo nas férias. Desde que retornou para Campinas, onde mora, o ator vem se dedicando ao teatro. Após a pausa de fim de ano, continuará em cartaz com a peça "Casa, comida e alma lavada", comédia sobre os desafios de um casamento de 20 anos, ao lado de Bianca Rinaldi. A reestreia acontece em janeiro, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. — É uma peça bem divertida e leve sobre relacionamentos. Acho que é o espetáculo com mais texto que já tive que decorar, pois é uma DR bem bacana, com a qual o público se identifica bastante — explica ele, que também vai começar a ensaiar uma segunda produção: "Romeu & Romeu", com temática LGBTQIAPN+. — É uma paixão muito bonita que existe entre os dois personagens. Terei cenas mais íntimas com o Julio Oliveira, que é um querido. Não tenho qualquer questão em fazê-las, pois a gente tem que se entregar ao personagem e se deixar levar pelo sentimento dele. Em breve com dois trabalhos simultâneos, Phavanello conta que já há um tempo vem desacelerando o ritmo de saídas. Durante a semana, gosta de ficar cuidando da casa, dos bichos e do jardim ao lado de Sabrina, com quem está desde 2019. Os dois se conheceram no reality "A fazenda", da Record, e foram eliminados na mesma votação. — Fui realmente para não ter envolvimento com ninguém, mas a Sabrina me chamou a atenção pelo jeito natural, simples. Criamos uma amizade forte, nos envolvemos. Logo que saímos do programa veio a pandemia, então, saímos do confinamento da fazenda direto para o do apartamento — lembra ele. É a primeira vez que o ator mora com alguém: — Eu estava solteiro no Rio de Janeiro, já morando sozinho, naquela de bicho solto, com meus rolos, mas nada sério. Acho que o universo nos uniu no reality. Ela foi o maior presente que ganhei. Nos damos muito bem, temos uma convivência muito tranquila. Quero ser pai e pensamos em ter filhos em breve. Antes de Sabrina, outro relacionamento do ator ficou bastante conhecido: o namoro com Claudia Jimenez na época da novela "Sete pecados". O envolvimento começou nos bastidores e deu o que falar, já que a atriz, que morreu em 2022, só havia se relacionado com mulheres: — Foi algo muito especial, eu não esperava. Começou quando ela comentou sobre uma tatuagem minha. Eu respondi, e a gente começou a ter contato, sair pra jantar, conversar sobre a vida. Eu me apaixonei por ela. Eu era muito mais novo, era algo fora dos padrões. Sou intenso, sabia que sofreríamos preconceito, mas estava vivendo a minha verdade. Foi maravilhosa a história com ela. Fui completamente apaixonado. Aos 49 anos, ele afirma estar animado para a chegada dos 50. Em suas redes sociais, publica esquetes da série #RumoAos50. Phavanello diz não ser vaidoso, mas toma alguns cuidados. — Eu me sinto um moleque. Mas é claro que o corpo não aguenta mais tanto agito. Antigamente eu chegava das baladas, dormia de madrugada e acordava cedo. Hoje, não dá mais. Eu me cuido, me olho no espelho e acho bacana. Não gosto de malhar, mas dou uma corridas. Há um tempo, fiz transplante capilar porque estava com muitas entradas. Acho que a calvície limita o ator — admite. TV e famosos: se inscreva no canal da coluna Play no WhatsApp Phavanello chegou a posar nu duas vezes para a revista G Magazine, em 1999 e em 2001. Na época, ele fazia parte do grupo Dominó, no qual entrou em 1995 e permaneceu por seis anos. — Sempre fui tímido. Nem na época do Dominó eu posava sem camisa, mas a proposta foi irrecusável e a experiência, bacana. Fiz por dinheiro e consegui me sustentar por muito tempo, investir no estudos. A revista foi um divisor de águas na minha carreira, meu nome acabou sobressaindo no grupo — afirma. Sabrina Paiva e Rodrigo Phavanello Reprodução/Instagram Initial plugin text