Piloto que bateu recorde mundial há 40 anos ao viajar 33 km em duas rodas com Chevette quer repetir feito em 2026

Motorista que bateu recorde há 40 anos em duas rodas com Chevette quer repetir feito Em 1985, Carlos Cunha bateu um recorde mundial ao pilotar um Chevette em apenas duas rodas por mais de 30 quilômetros, de Jundiaí (SP) a São Paulo (SP). O feito na Rodovia dos Bandeirantes ganhou as páginas do Livro do Recordes e chamou a atenção de muitos curiosos, que acompanharam de perto o trajeto. Ao g1, Carlos contou que planeja repetir a viagem em 2026 para tentar quebrar o próprio recorde, mas, dessa vez, não será com um Chevette. Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp "Tenho que treinar e me adaptar, então não vejo problema em qual modelo de carro usar. O desafio maior é que eu vou enfrentar novamente a pressão psicológica de ir para a estrada sem saber o que vem pela frente. O psicológico e o físico precisam estar bem. A posição de guiar o carro em duas rodas é muito difícil. Fora que hoje tenho 71 anos", conta. Motorista que bateu recorde mundial há 40 anos ao viajar 33 km em duas rodas com Chevette quer repetir feito em 2026 Reprodução O piloto lembra que, em 1985, o percurso de 33 km entre Jundiaí e a capital paulista durou 35 minutos. A pressão era grande, pois, segundo ele, só havia uma chance para completar o desafio. A pista foi fechada para que o Chevette pudesse seguir viagem e, atrás, o trânsito fluía normalmente. "Coisa que não sai da memória. Eu só tinha uma chance, era fazer ou fazer. Não tinha outro jeito. Se o carro caísse, eu perdia o recorde. Então, isso psicologicamente também é muito difícil. Porque a chance de o carro cair para as quatro rodas é muito grande, você vai sempre tirar ele do capotamento. Então, foi uma concentração muito, muito grande, sabendo que a chance era única", relembra. No caminho, havia uma praça de pedágio e, segundo Carlos, passar por ela foi um dos maiores desafios durante o trajeto. "Tinha ondulações, o carro balançou bastante e quase caiu, mas eu segurei. Reduzi da quarta marcha para a segunda, passei com calma e depois acelerei", explica. Piloto Carlos Cunha durante entrevista ao g1 Reprodução/TV TEM O veículo, de quase uma tonelada, não tinha direção hidráulica, e Carlos lembra que era preciso fazer muita força para conseguir manter o volante equilibrado. "Você tinha que guiar no braço mesmo. Era um peso danado e tinham as ondulações de ponte, o que atrapalha bastante. Balançava muito. Foi uma aventura incrível. Mas, quando eu olhei em cima da marginal, tinha um helicóptero me acompanhando e gravando. Na marginal, vi uma enorme faixa que dizia: 'Bem-vindo, Carlos Cunha, recordista mundial'", recorda. "Eu estava com a adrenalina lá em cima, não queria parar. Quase passei pela ponte direto. Foi fantástico, uma comemoração incrível. O Derrick Marx, que era da equipe do Guinness Book na época, me trouxe o livro e eu já assinei. Ele me entregou um diploma e foi tudo uma grande festa", diz. Viagem em duas rodas com Chevette entre Jundiaí e São Paulo completa 40 anos e piloto promete repetir feito em 2026 Reprodução Motorista bateu recorde mundial há 40 anos ao viajar 33 km em duas rodas com Chevette Reprodução Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM