Os Correios fecharam um empréstimo de R$ 12 bilhões com um grupo de cinco bancos e devem receber os recursos até, no máximo, terça-feira. De acordo com a edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o contrato foi assinado nesta sexta-feira. A operação de crédito realizada com Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil recebeu aval do Tesouro Nacional e terá garantia da União. O dinheiro, no curto prazo, será usado para pagar obrigações da estatal, como o pagamento de salários, dos precatórios e de dívidas em atraso. Segundo o extrato da operação, o contrato terá duração de 15 anos, até 2040. O objetivo é financiamento para capital de giro e investimentos estratégicos. Desde que o presidente Emmanoel Rondon assumiu a empresa, no final de setembro, vinha tentando fechar o negócio para pagar dívidas em atraso e colocar de pé um plano de reestruturação. O empréstimo é condicionado a um plano de reestruturação dos Correios com medidas de corte de gastos e aumento de receitas para que a estatal volte a ter lucro em 2027. O plano prevê a demissão voluntária de 15 mil trabalhadores, sendo 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027. Também está previsto o fechamento de 1 mil unidades dos Correios e novas parcerias com o setor privado.