Banhistas registram em mergulhos e com drones cardumes que invadiram orla do Rio; veja vídeos

A passagem de cardumes de peixes pela orla da Zona Sul do Rio está "causando" entre banhistas. Curiosos se aproximam dos grupos formados por eles, que formam imensas manchas escuras nas águas cristalinas do mar. Muitos aproveitam para registrá-los com drones e até mesmo sob as águas. As postagens desses momentos invadiram as redes sociais. Propag: Cláudio Castro sanciona lei que autoriza Estado do Rio a aderir a novo programa de financiamento de dívida com a União Mapa do Crime em Niterói: Itaipu e Piratininga puxam estatísticas de roubo na Região Oceânica "Eu nunca vi a Praia da Urca assim", escreveu o usuário do Instagram Henrique Foca ao mostrar centenas de pequenos peixes durante um mergulho. Initial plugin text "Galera estou aqui no Leme e tem um cardume gigante. Vou te mostrar no drone e no GoPro", escreveu um guia turístico no perfil chamado Brazil by Sean. Com a ajuda dos aparelhos, ele mostrou a enorme mancha formada no mar. Initial plugin text Julia Sette foi outra a registrar a passagem de um cardume na orla carioca. "Hoje o pós treino estava lotado", escreveu ela, em tom bem humorado. Initial plugin text O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) resolveu pegar carona no sucesso que os cardumes estão fazendo. O órgão reforçou que as manchas não estão relacionadas à poluição e postou um vídeo no qual ouviu banhistas sobre o que chamou de "invasão do bem" nas águas. "Quando eles estava mais cedo nadei por cima deles. Uma sensação muito boa", disse Nayane Queiroz. Initial plugin text As manchas de mais de um quilômetro na orla começaram a ser vistas no início da semana. De acordo com Marcelo Vianna, professor titular no Departamento de Biologia Marinha da UFRJ, elas são compostas por de manjubas ou sardinhas provavelmente. As espécies, por conta do tamanho pequeno e por estarem no raso, formam grandes sombras à distância das lentes das câmeras que miram o mar. — É um cardume que está muito na horizontal, então parece ser muito maior do que é porque está ocupando uma região muito superficial da coluna d'água. O que se vê é reflexo do último período reprodutivo das sardinhas. Nessa época do ano, é um fenômeno comum que, por conta da água mais clara, se torna visível. Ele acontece porque a água do Rio fica mais fria durante o verão. É uma característica nossa. E essa água fria que entra durante esse período de verão, início de primavera, é rica em nutrientes. A água quente é mais leve do que a água fria, que é densa e fica no fundo. Então, quando essa água fria sobe, traz todo aquele nutriente que estava no fundo e enriquece a coluna d'água: fica com mais fitoplâncton, que são aquelas microalgas. Esses nutrientes atraem os cardumes de pequenos comedores de plâncton, como as sardinhas e as manjubas — diz o biólogo. Vianna acrescenta que, anualmente, quando a água de praias como Arpoador, Ipanema, Leme e Copacabana adquire temperaturas mais baixas, é possível que já sejam efeito da ressurgência que favorece o aparecimento das espécies. Do alto, foram vistos grupos de peixes cujas sombras atingiram mais de um quilômetro. O tamanho, no entanto, chamou a atenção do professor: — Todo ano, a gente tem um enriquecimento das águas costeiras do Rio de Janeiro e há aproximação de cardumes de pequenos peixes. A diferença é que, de fato, este ano, esse cardume está muito grande e muito próximo da costa. Initial plugin text