A número 1 do mundo Aryna Sabalenka e o australiano Nick Kyrgios disseram estar empolgados com a partida-exibição “Batalha dos Sexos”, neste domingo, e que tem dividido opiniões no mundo do tênis. O duelo entre Sabalenka, tetracampeã de Grand Slam, e Kyrgios, ex-número 13 do ranking mundial, é visto por muitos como entretenimento. Críticos, porém, avaliam que o evento pode enfraquecer o tênis feminino ao banalizar décadas de avanços em direção à igualdade. A dupla afirmou não dar muita atenção ao debate em torno do confronto, que será realizado em Dubai. — Este evento é realmente imprevisível, e eu não sei o que esperar — disse Sabalenka a jornalistas neste sábado. — É isso que eu amo, porque é a sensação que você busca quando pratica esporte: essas situações imprevisíveis. Eu adoro me desafiar. Para mim, é um enorme desafio, especialmente jogando contra o Nick, um cara imprevisível e meio louco. Isso é um ótimo treino para mim e também uma grande mensagem para as meninas. Espero que elas assistam e vejam como eu sou forte e resistente por ter coragem de me desafiar a jogar contra um homem. Na “Batalha dos Sexos” original, em 1973, a pioneira do tênis feminino Billie Jean King venceu o então ex-campeão de Grand Slam Bobby Riggs, de 55 anos, que defendia que o tênis feminino era inferior ao masculino. Recentemente, King disse à BBC que, embora a partida de Dubai carregue o mesmo rótulo, não tem o mesmo peso de seu confronto com Riggs. Segundo ele, aquele duelo foi uma luta por mudanças sociais em um contexto cultural muito diferente. Sabalenka concordou: — Elas estavam lutando por coisas diferentes. Nós estamos aqui para levar o tênis a outro nível, chamar atenção para o nosso esporte e ajudar no seu crescimento — afirmou. — Sinto que as mulheres já provaram que merecem igualdade e, amanhã, vou apenas mostrar que somos capazes de fazer um grande jogo contra um homem e nos divertir.