O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi transferido para Brasília neste sábado, 27, para cumprir prisão preventiva determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). + Leia mais notícias de Política em Oeste Condenado a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento na suposta tentativa de golpe de Estado, ele havia sido preso no Paraguai (de onde foi expulso) depois de romper a tornozeleira eletrônica e deixar o Brasil sem autorização judicial. Desde então, estava detido na sede da PF em Foz do Iguaçu. https://www.youtube.com/watch?v=0qRUpdDT2Nc A transferência ocorreu depois da entrega de Vasques às autoridades brasileiras na fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, na noite de sexta-feira, 26, depois de sua detenção no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. O ex-diretor tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, com escala no Panamá, rota considerada, pela investigação, parte de um plano para seguir aos Estados Unidos (EUA). A fuga começou na noite de 24 de dezembro, quando Vasques deixou o apartamento onde cumpria prisão domiciliar, em São José, na Região Metropolitana de Florianópolis. Imagens do sistema interno de segurança mostram o ex-diretor colocando bolsas no porta-malas de um carro alugado pouco depois das 19 horas. No banco do passageiro, havia objetos pessoais e um cachorro da raça pitbull. Na madrugada do dia 25, o sinal da tornozeleira eletrônica foi interrompido, o que levou as autoridades a constatarem o desaparecimento. Agentes da Polícia Penal de Santa Catarina estiveram no endereço ainda no dia de Natal, mas não encontraram o ex-diretor nem o equipamento de monitoramento violado. A Polícia Federal (PF) considerou que a evasão foi planejada. O trajeto incluiu cerca de 1,3 mil quilômetros por estrada, com passagem pelo Paraná até a fronteira em Foz do Iguaçu, de onde Vasques seguiu para o Paraguai. A viagem dura cerca de 18 horas. No aeroporto de Assunção, ele apresentou passaporte e cédula de identidade paraguaios em nome de Julio Eduardo Baez Fernandez, cidadão nascido em 1981, em Ciudad del Este. Silvinei admitiu tentativa de fuga Apesar de os documentos estarem formalmente válidos e conterem sua fotografia, a perícia detectou incompatibilidades entre os registros oficiais, a numeração e as impressões digitais. Em depoimento inicial, Vasques admitiu a tentativa de fuga. Também foi apreendida uma carta escrita em espanhol na qual o ex-diretor afirmava ser a pessoa identificada nos documentos paraguaios e alegava estar em tratamento contra um suposto câncer no cérebro, condição que, segundo o texto, o impediria de falar ou compreender perguntas. Leia mais: "Silvinei Vasques é preso no Paraguai" A PF confirmou a identidade real depois de receber imagens encaminhadas pelas autoridades paraguaias. Vasques comandou a PRF durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi condenado há dez dias no processo que apura a atuação do chamado núcleo 2 da suposta trama golpista. Natural de Ivaiporã, no Paraná, ele ingressou na PRF em 1995, construiu uma carreira de 27 anos na corporação e se aposentou voluntariamente em dezembro de 2022, logo depois das eleições presidenciais, com salário integral. Segundo a denúncia da PGR, ele utilizou a estrutura da PRF de forma indevida durante o pleito de 2022. O post Silvinei é transferido para prisão em Brasília apareceu primeiro em Revista Oeste .