O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá a prerrogativa de indicar 23 diretores para agências reguladoras federais ao longo de 2026, em um dos maiores ciclos de nomeações desde a consolidação do modelo regulatório no Brasil. O levantamento é do portal Poder360. + Governo Lula prevê saída de ao menos 20 ministros para disputar eleições As vagas decorrem do término de mandatos e de cadeiras que permanecerão abertas ao longo do próximo ano, exigindo recomposição dos colegiados responsáveis por supervisionar setores estratégicos da economia. As agências reguladoras exercem papel central na definição de regras que afetam diretamente investimentos, tarifas, concessões e a prestação de serviços essenciais. Por isso, o volume de indicações concentrado em um único ano amplia o peso político do Executivo sobre estruturas que, em tese, deveriam operar com autonomia técnica e estabilidade institucional. https://www.youtube.com/watch?v=E8obPoxZBzU + Sob Lula, EBC vira abrigo para jornalistas aliados Segundo o levantamento, as 23 vagas estarão distribuídas entre diferentes autarquias federais, com destaque para órgãos que já enfrentam dificuldades de quórum e acúmulo de decisões pendentes. Entre as agências que terão cadeiras a serem preenchidas estão: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel); Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq); Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Agência Nacional de Mineração (ANM); e Agência Nacional do Cinema (Ancine). Em alguns desses órgãos, como a ANM, o cenário é considerado crítico. Há risco de funcionamento com colegiado praticamente esvaziado caso as indicações não avancem no Senado, o que pode paralisar decisões relevantes para o setor mineral. Indicações de Lula devem passar por sabatina no Senado As indicações de Lula devem passar por aprovação no plenário do Senado Federal I Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Pela legislação, cabe ao presidente da República indicar os nomes, que depois passam por sabatina nas comissões temáticas do Senado e votação em plenário. Na prática, esse rito transforma as nomeações em um instrumento de negociação política, sobretudo em um ano pré-eleitoral, quando o governo busca manter base de apoio e reduzir atritos com o Congresso. + Lula determina apuração contra servidor da CGU por agressão no DF Integrantes do mercado e especialistas em regulação avaliam que atrasos nas sabatinas podem prolongar períodos de vacância, prejudicando a previsibilidade regulatória. Ao mesmo tempo, aliados do Planalto defendem que o novo ciclo de indicações permitirá reforçar o perfil técnico das diretorias e alinhar a atuação das agências às prioridades do governo. Com 23 indicações concentradas em 2026, Lula terá influência decisiva sobre o comando de órgãos que moldam políticas públicas e o ambiente econômico. As escolhas feitas ao longo do próximo ano tendem a produzir efeitos duradouros, que ultrapassam o calendário eleitoral e podem impactar o país por vários ciclos regulatórios. https://www.youtube.com/watch?v=mZrqgxY4QMI O post Lula deve indicar 23 diretores para agências reguladoras em 2026 apareceu primeiro em Revista Oeste .