Capitão dos títulos da Libertadores e do Brasileiro de 2024, Marlon Freitas está de saída do Botafogo para jogar no Palmeiras. Ídolo alvinegro, Wilson Gottardo, que está presente no Jogo das Estrelas, neste sábado, no Maracanã, falou sobre a perda de mais um jogador que fez história no clube. — É difícil de opinar sobre a vida do atleta. Eu já passei por momentos assim. Acho que só o Marlon pode dar a resposta certa para a torcida. Até dezembro, ele fez o melhor, foi líder nato, conseguiu mobilizar toda a equipe para conquistar títulos. É um cara que tem todo o meu respeito — disse Gottardo, que complementou: — Hoje é difícil encontrar alguém que traga esse tipo de liderança com tanta força. O jogador tem um comportamento diferente atualmente. Se eu falar dos anos 90, por exemplo, o próprio Botafogo de 89 tinha uns dez jogadores assim: líderes, com a cabeça voltada para o coletivo, buscando sempre o melhor para o time. Depois da temporada mágica em 2024, o Botafogo segue perdendo jogadores que foram protagonistas naquele ano. Para Gottardo, as vendas fazem parte do modelo de gestão da SAF. — SAF é isso. Se surgir uma proposta boa para vender, ela vai vender. É diferente, não entra para empatar, entra para vencer. Perder jamais. Isso é natural. E se a SAF não estivesse hoje no Botafogo, onde o Botafogo estaria? Tem como dar certo, desde que haja reposição com jogadores do mesmo nível, de preferência mais jovens. A saída do Almada, por exemplo, afetou o ritmo da equipe, mas a SAF enxergou ali uma boa oportunidade de negócio. O torcedor precisa entender essa lógica, embora seja natural cobrar, já que é apaixonado, quer um time forte e competitivo e participa ativamente do processo.