Conseguir emprego na Alemanha nunca foi tão difícil, diz agência

Pessoas com suas bagagens em uma plataforma da principal estação ferroviária, enquanto se aproximam as festividades anuais do Natal, em Berlim, na Alemanha, em 19 de dezembro de 2025. Reuters As chances de desempregados na Alemanha encontrarem trabalho nunca foram tão baixas, segundo a chefe da Agência Federal de Emprego do país, Andrea Nahles. "Temos um indicador que mostra qual é a probabilidade de pessoas desempregadas conseguirem um emprego novamente", disse ela ao portal de notícias alemão web.de. "O valor normalmente é em torno de 7, mas agora está em 5,7 — mais baixo do que nunca." Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "O mercado de trabalho se encontra estagnado há meses”, prosseguiu, com "nenhum impulso chegando". Segundo ela, trabalhadores bem qualificados têm as melhores chances, e as dificuldades são maiores para os jovens que buscam ingressar no mercado. Integrante da cúpula do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), ela é crítica de uma proposta reforma dos benefícios de assistência social que incluiria priorizar a colocação de quem está desempregado. Veja os vídeos em alta no g1: Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Do meu ponto de vista, essa regra pode realmente se tornar problemática se não houver atenção ao perfil de qualificação de cada pessoa desempregada." O debate sobre benefícios sociais não deve ignorar o mercado de trabalho, na sua opinião. Desemprego recorde Em agosto, o desemprego na Alemanha ultrapassou 3 milhões de pessoas pela primeira vez em mais de dez anos. No mesmo mês, 631 mil vagas de emprego foram abertas, 68 mil a menos do que no período do ano anterior. O desemprego pressiona a coalizão governista a encontrar soluções rápidas num momento em que a economia alemã se vê numa corda bamba. O chanceler federal, Friedrich Merz, diz que o tema está no foco da sua gestão. Ao mesmo tempo, a Alemanha tem hoje um déficit de mão de obra qualificada para setores específicos, como o de cuidadores em hospitais ou lares de idosos, levando o governo a recrutar imigrantes, incluindo no Brasil.