O presidente da Câmara Municipal de Turilândia, vereador José Luís Araújo Diniz, o "Pelego" (União Brasil), assumiu interinamente a prefeitura do município do Maranhão depois de a Justiça local determinar o afastamento do prefeito Paulo Curió (União) e da vice-prefeita Tânya Mendes (PRD). O político vai comandar interinamente o cargo enquanto cumpre prisão domiciliar e é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 26 perguntas para 2026: em ano eleitoral, dúvidas e desafios vão da disputa nacional ao Judiciário PP cobra Tarcísio por 'falta de atenção' e ameaça lançar candidatura própria ao governo de SP A mudança foi oficializada por meio de portaria publicada na sexta-feira, que reconheceu a vacância temporária dos cargos de chefia do Executivo municipal. A vice-presidente da Câmara, vereadora Inailce Nogueira Lopes, passou a exercer interinamente a presidência do Legislativo na cidade — ela também cumpre prisão domiciliar. Pelego é um dos investigados na Operação Tântalo II. O Ministério Público afirma que uma organização criminosa se instalou no poder de Turilândia, a 157 quilômetros da capital São Luís, para desviar recursos públicos de áreas como Saúde e Assistência Social. O prefeito Paulo Curió se entregou às autoridades e foi preso, assim como a sua vice. Além deles, empresários, servidores, dez vereadores e um ex-vereador são suspeitos de participar do esquema, que teria tirado dos cofres públicos ilegalmente mais de R$ 56 milhões. Segundo o MP, há indícios do cometimento de crimes como organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro, entre 2021 e 2025. Pelego e outros vereadores que cumprem prisão domiciliar foram autorizados pela Justiça a só saírem de casa para participar de sessões na Câmara previamente marcadas. Ao g1, o promotor Fernando Berniz, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão, disse que exercer a vereança é autorizado pela legislação, já que o político não foi afastado de suas funções. Ponderou, porém, que não há autorização judicial para atuar como prefeito. — Ele não pode. Caso queira exercer as funções no Executivo, precisa pedir autorização à desembargadora. Hoje, ele só pode sair de casa para ir às sessões da Câmara Municipal previamente designadas — disse.