Confeiteira que ganhou concurso com ‘morango do amor’ ainda vende o doce todos os dias O g1 Sul de Minas relembra histórias curiosas, personagens marcantes e casos virais que marcaram o ano. Uma das reportagens publicadas bombou tanto quanto o seu tema: o morango do amor, uma das maiores febres da internet, que movimentou a vida das confeiteiras em 2025. Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram O doce feito com morango envolvido por um brigadeiro de leite em pó e uma camada de açúcar cristalizado que conquistou o país e ganhou várias versões pode ter sido criado em Senador Amaral, município do Sul de Minas, com apenas 6,2 mil habitantes, que é um polo de produção da fruta. Foi lá que o doce apareceu oficialmente pela primeira vez, feito pela confeiteira Cláudia Maria Nicoleti, conhecida na cidade como "Cláudia Bombom", que venceu, no final de junho, o concurso culinário realizado durante o Festival de Inverno da cidade. Esta reportagem foi originalmente publicada em agosto de 2025. A confeiteira Cláudia Maria Nicoleti que ganhou um concurso culinário em Senador Amaral (MG) em junho com o morango do amor Arquivo pessoal Cláudia faz doces há quatro anos. A história começou no interior de São Paulo, após ela perder o emprego de faxineira durante a pandemia de Covid-19. Vende seus doces - além do morango do amor ela se especializou em outras versões de brigadeiro: com maracujá, beijinho e bicho de pé - de porta em porta ou atendendo encomendas. Atualmente, ela ainda vende de 12 a 15 morangos do amor por dia (veja vídeo acima) de porta em porta. As frutas vêm da plantação do marido, o motivo dela ter se mudado para Senador Amaral neste ano. Mas ela espera ampliar seu negócio e realizar o sonho de ter uma doceria. “Quando eu ganhei o concurso eu vi que era mais um sinal que eu estou no caminho certo. Vem na cabeça que é só o primeiro, já abre a visão da gente, porque a vida é tão maçante, a gente esquece de sonhar sobre o trabalho e agora os sonhos voltaram a renascer”, diz. Doce foi criado para agradar a filha A confeiteira Cláudia Maria Nicoleti disse que criou o morango do amor para agradar a filha Arquivo pessoal Cláudia criou o morango do amor e outras versões de brigadeiro porque o doce é o preferido da filha. "Todo sábado tinha que ter o brigadeiro com morango e aí surgiu a ideia de pôr leite ninho com morango e depois de pôr na calda e foi virando esse bombom de morango delicioso que é hoje", afirmou. Até chegar à versão que foi para o concurso, Cláudia fez vários testes e zomba da febre que tomou as redes sociais. Patrimônio cultural do município Prefeitura de Senador Amaral decide transformar 'Morango do Amor' em patrimônio imaterial Senador Amaral tornou o "morango do amor” patrimônio cultural imaterial (veja vídeo acima). O município é um dos maiores produtores de morango de Minas Gerais, com 21 milhões de pés em uma área plantada de 420 hectares. O município produz 32 mil toneladas anualmente. LEIA TAMBÉM: Sucesso do 'morango do amor' antecipa corrida pela fruta no Sul de Minas, maior polo produtor do Brasil Febre nacional O morango do amor viralizou nas redes sociais e movimentou doceiras e confeitarias de todo o país, principalmente em julho. O sucesso foi tanto que começaram a aparecer outras versões de comidas e doces “do amor”, como milho, maracujá, kiwi e até torresmo, picanha e pamonha. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas