Veja os vídeos que estão em alta no g1 O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão reunidos na Flórida para negociar um plano que encerre a guerra entre Rússia e Ucrânia. O encontro deste domingo (28) ocorre em meio a divergências sobre pontos centrais das negociações e a ataques russos contra o território ucraniano. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp AO VIVO: Acompanhe a reunião em tempo real Zelensky disse que pretende discutir com Trump o futuro da região de Donbas, no leste da Ucrânia, além de outros temas ligados à segurança do país. Após o encontro, ele deve conversar por telefone com outros líderes europeus. Ao receber Zelensky, Trump disse acreditar que os dois lados querem a paz e que a Europa também tem trabalhado para conseguir um acordo de cessar-fogo. O presidente americano também disse que as negociações são difíceis, mas estão avançando. Já o ucraniano agradeceu Trump pela mediação e disse que sua equipe tem trabalhado em um acordo de paz e em garantias de segurança. Diante de jornalistas, Zelensky evitou responder uma pergunta sobre se estava disposto a fazer concessões territoriais. A reunião presencial ocorre após semanas de negociações diplomáticas em busca de um acordo de paz. Lideranças europeias tentam garantir compromissos de segurança para a Ucrânia no pós-guerra, com apoio dos Estados Unidos. Enquanto isso, no sábado (27), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que continuará a guerra caso a Ucrânia não busque um acordo rápido. Pouco antes do início da reunião, Trump anunciou que teve uma ligação telefônica “muito produtiva” com Putin. Ele não deu detalhes sobre a conversa, que durou pouco mais de uma hora. Segundo a Rússia, uma nova ligação será feita após a reunião com Zelensky. O Kremlin disse que Trump e Putin concordaram em não apoiar a proposta europeia de um cessar-fogo temporário antes de um acordo definitivo. O governo russo afirmou ainda que a Ucrânia precisa tomar uma “decisão ousada” sobre os territórios em disputa entre os dois países. Zelensky e Trump já se reuniram outras vezes ao longo de 2025. Em um dos encontros, no fim de fevereiro, os dois presidentes discutiram na frente de jornalistas dentro da Casa Branca. ARQUIVO: Presidente dos EUA, Donald Trump, recebe o ucraniano Volodymyr Zelensky na Casa Branca, em 17 de outubro de 2025 Win McNamee/Getty Images/AFP Impasse nas negociações A Ucrânia já afirmou ter concordado com diversos pontos de um plano de paz proposto pelos Estados Unidos. Zelensky disse na sexta-feira (26) que o documento está 90% concluído. O principal impasse segue sendo a definição de quais territórios seriam cedidos à Rússia. Moscou exige controle total da região de Donbas, enquanto a Ucrânia defende o congelamento das linhas de frente atuais. Os Estados Unidos propuseram a criação de uma zona econômica livre caso a Ucrânia deixe a região, mas ainda não está claro como essa área funcionaria na prática. A Casa Branca também sugeriu um controle compartilhado da usina nuclear de Zaporizhzhia. Atualmente, a Rússia controla toda a Crimeia, anexada em 2014, e cerca de 12% do território ucraniano. O controle russo inclui a maior parte de Donbas, além de áreas das regiões de Zaporizhzhia, Kherson, Kharkiv, Sumy, Mykolaiv e Dnipropetrovsk, segundo estimativas russas. Putin afirmou que um acordo de paz deve se basear em condições apresentadas em 2024, como a retirada ucraniana dessas regiões. A Rússia também exige que a Ucrânia abandone a intenção de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aliança militar reúne mais de 30 países, incluindo nações europeias e os Estados Unidos. Zelensky e aliados europeus temem que Trump aceite concessões excessivas à Rússia e deixe a Europa responsável pela reconstrução da Ucrânia. Autoridades ucranianas e líderes europeus veem a guerra como uma tentativa de expansão territorial da Rússia e alertam que, se Moscou vencer na Ucrânia, pode avançar contra países da Otan no futuro. VÍDEOS: mais assistidos do g1