A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste domingo, em publicação nas redes sociais, que o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a enfrentar uma crise prolongada de soluços durante a noite, mesmo após ter sido submetido a um bloqueio anestésico do nervo frênico direito. Segundo ela, os episódios começaram por volta das 23h e se estenderam até as 11h20 da manhã, “sem pausas”, o que teria provocado grande exaustão e elevação da pressão arterial. Michelle relatou ainda que o procedimento no nervo frênico esquerdo está programado para esta segunda-feira e que, neste domingo, Bolsonaro passou a seguir uma dieta ainda mais restrita. Ela afirmou que deixou o hospital temporariamente, sob os cuidados do filho 04, Jair Renan, e que retornaria mais tarde para passar a noite com o ex-presidente. As informações foram confirmadas em boletim médico divulgado pela equipe que acompanha Bolsonaro no Hospital DF Star, em Brasília. De acordo com o comunicado, o ex-presidente apresentou nova crise de soluços na noite passada, apesar do procedimento já realizado, além de elevação da pressão arterial, mas encontra-se, no momento, estável e sem soluços. Segundo os médicos, está programada para esta segunda-feira a complementação do tratamento, com a realização do bloqueio anestésico do nervo frênico esquerdo, para posterior avaliação dos resultados. Bolsonaro permanece internado em cuidados pós-operatórios após cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral por via convencional. A equipe informou ainda que o ex-presidente seguirá em recuperação clínica, com fisioterapia para reabilitação, medidas de profilaxia de trombose venosa e monitoramento contínuo da dor. A expectativa é de que ele permaneça internado por ao menos mais 48 horas após o procedimento previsto para esta segunda-feira, para acompanhamento da evolução do quadro. Bolsonaro foi submetido na última quinta-feira à cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral, procedimento que durou cerca de três horas e meia e foi considerado bem-sucedido. Na sexta-feira, os médicos já haviam realizado ajustes nas medicações para controle das crises de soluço e para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. A internação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após perícia da Polícia Federal indicar a necessidade da intervenção médica.