Estado do Rio intensifica combate ao crime e bate recorde na apreensão de fuzis

O ano de 2025 marcou um ponto de virada na política de segurança pública do Estado do Rio. Com investimentos contínuos, operações de grande escala e ampliação do uso de tecnologia e inteligência, o enfrentamento do crime organizado foi intensificado e alcançou resultados inéditos, especialmente na retirada de armas de guerra das ruas. O principal indicador desse avanço foi a apreensão recorde de fuzis, que representam o mais alto poder de fogo das facções criminosas. Entre janeiro e novembro, 848 fuzis foram retirados de circulação em todo o território fluminense, o maior número desde o início da série histórica, em 2007. Em apenas 11 meses, o volume apreendido no Rio de Janeiro superou, sozinho, a soma das apreensões realizadas por 25 estados brasileiros ao longo de todo o ano anterior, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e do Ministério da Justiça. O crescimento é expressivo também na comparação histórica. De 2007 a 2025, o aumento das apreensões de fuzis chegou a 296%, refletindo uma estratégia baseada em inteligência, integração de dados e investimentos robustos, cerca de R$ 4,5 bilhões aplicados em tecnologia desde 2021, dentro de um orçamento anual aproximado de R$ 16 bilhões destinado à segurança pública. A maior parte das apreensões ocorreu na Região Metropolitana, responsável por 95% do total registrado em 2025. A Zona Norte da capital concentrou os maiores números por área, com destaque para bairros como Olaria, Penha, Brás de Pina e Cordovil. O mês de outubro marcou o pico das ações, com 196 fuzis apreendidos, impulsionadas pela Operação Contenção, a maior já realizada no estado. Em apenas um dia, nos complexos do Alemão e da Penha, 93 armas de guerra foram retiradas das mãos de criminosos. As ações também revelam a sofisticação e a diversidade do armamento em circulação. Um levantamento da Polícia Civil indica que mais da metade dos fuzis apreendidos em 2025 é classificada como “copyfakes” ou “fuzis Frankenstein”, como são chamadas as armas montadas a partir de um único componente original, geralmente o mecanismo de disparo, com peças produzidas em impressoras 3D ou adaptadas de armas de airsoft. As ações envolvem monitoramento com câmeras pela cidade, tecnologias como os drones e polícia nas ruas Divulgação Outro dado relevante diz respeito à origem dessas armas. O Rio de Janeiro não produz fuzis. Eles são contrabandeados de outros países, em sua maioria, dos Estados Unidos, e entram no Brasil por falhas no controle das fronteiras. Entre os modelos apreendidos estão plataformas internacionais como AR, AK, FAL, G3 e Benelli, além de armas desviadas de forças armadas estrangeiras, provenientes de países como Venezuela, Argentina e Peru. Tecnologia e inteligência Paralelamente ao combate armado, o governo estadual ampliou o uso da tecnologia como eixo central da política de segurança. Em 2025, a Polícia Militar recebeu R$ 285 milhões em investimentos tecnológicos, incluindo câmeras embarcadas em viaturas, sistemas integrados de monitoramento e aplicativos com reconhecimento facial, que já resultaram em prisões e na localização de pessoas desaparecidas. A Polícia Civil avançou na modernização de suas estruturas de investigação, com ampliação da análise de dados, incorporação de ferramentas digitais, drones, sistemas de visão noturna e viaturas semiblindadas. A administração penitenciária investiu em tecnologias de bloqueio de comunicações ilícitas em presídios, enquanto outras áreas modernizaram canais de atendimento e resposta a emergências. Esse conjunto de investimentos sustenta ações contínuas e coordenadas, como as operações Contenção, Torniquete, Rastreio, Espoliador e Barricada Zero, que atuam de forma integrada para desarticular financeiramente facções criminosas, recuperar bens, retirar barricadas e ampliar a presença do Estado em áreas estratégicas. O balanço de 2025 aponta que a combinação entre inteligência, tecnologia e atuação operacional permanente vem redesenhando o enfrentamento do crime no Rio de Janeiro, com impacto direto na redução do poder bélico das organizações criminosas e no fortalecimento da segurança pública. INVESTIMENTO NA SEGURANÇA • R$ 16 bilhões investidos por ano; • R$ 4,5 bilhões investidos apenas em tecnologia desde 2021; • R$ 285 milhões investidos em tecnologia para a Polícia Militar, incluindo R$ 100 milhões no serviço de câmeras embarcadas, instaladas em 2.839 viaturas; • Polícia Civil investiu em armamentos, drones, sistemas de visão noturna e viaturas semiblindadas; • R$ 1 milhão investido na aquisição de drones pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI); • 190 Integrado permitiu o recebimento em tempo real de imagens de câmeras urbanas. • 110 prisões e 8 localizações de pessoas desaparecidas graças ao aplicativo de reconhecimento facial usado em abordagens Governo RJ investe em drones para a segurança Divulgação RJ LIDERA COMBATE A FUZIS NO BRASIL • 296% de aumento na apreensão de fuzis, considerando de 2007 a 2025; • 848 armas de guerra retiradas de circulação apenas em 2025; • Em 11 meses de 2025, o Rio de Janeiro apreendeu sozinho mais fuzis do que a soma das retensões em 25 estados brasileiros em 2024. Armamentos apreendidos passam por análise técnica da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos, da Polícia Civil. Concluída a perícia, as armas aptas podem, mediante decisão judicial, ser destinadas às forças de segurança, reforçando o enfrentamento da criminalidade armada. Entre janeiro e novembro de 2025, 848 fuzis foram retirados de circulação em todo o território fluminense Divulgação OPERAÇÃO CONTENÇÃO NO ALEMÃO E PENHA Maior da história do Rio de Janeiro, ocorreu em uma área de 9 milhões de metros quadrados e representou o mais duro golpe contra o Comando Vermelho • 1 ano de investigação e 60 dias de planejamento; • 2,5 mil policiais civis e militares envolvidos; • 32 veículos blindados, 2 aeronaves, drones e ambulâncias de resgate da PM; • R$ 12 milhões em armamento apreendidos. Operação Barricada Zero: 5.570 toneladas de barricadas retiradas e mais de 720 vias desobstruídas Divulgação FONTES: Instituto de Segurança Pública (ISP) do Governo do Estado do Rio, inistério da Justiça e Segurança Pública.