O Partido dos Trabalhadores (PT) segue sendo a sigla política preferida dos brasileiros, conforme pesquisa Datafolha divulgada neste domingo. A legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a favorita para 24% da população, seguida pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, com 12%. Os brasileiros sem partido representam 46%, embora o grupo fosse a maioria da população (51%) na última pesquisa, divulgada em julho deste ano. Nenhuma outra legenda passa dos 2%, como é o caso do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Farol para 2026: grupo de eleitores indecisos é o mais resistente a nomes da família Bolsonaro Otimismo para 2026: 60% dos brasileiros projetam próximo ano melhor para o país, e 69% preveem avanço pessoal Os dados foram coletados a partir de respostas espontâneas. O instituto de pesquisas entrevistou 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 113 municípios entre os dias 2 e 4 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Desde 2021, o auge do PT em relação à preferência ocorreu em setembro de 2022, quando alcançou 31%. Já a menor taxa foi registrada em maio do mesmo ano, com 22%. Neste ano, o índice chegou a marcar 27% em abril, seguido por 23% nas pesquisas seguintes feitas nos meses de junho e julho. Já o PL alcançou seu maior percentual. Quando Bolsonaro se filiou ao partido, em 2021, a legenda era lembrada por 1% dos brasileiros. A maior taxa foi atingida durante as eleições presidenciais de 2022, com 11%, e chegou a cair para 6% no ano seguinte. Partidos preferidos dos brasileiros Petistas de direita Uma pesquisa divulgada também pelo Datafolha na noite da última sexta-feira mostrou que 34% dos petistas se dizem de direita, e 14% dos bolsonaristas se identificam com a esquerda, apontando uma contradição entre a identificação ideológica dos brasileiros e sua adesão a lideranças políticas como Lula e Bolsonaro. Entre os que se declaram petistas, 34% afirmam ser de direita ou centro-direita. Outros 47% se identificam como de esquerda ou centro-esquerda, 9% se colocam no centro e 9% dizem não saber como se classificar. No grupo dos bolsonaristas, a convergência com a direita é mais acentuada, mas não absoluta. Segundo a pesquisa, 76% se identificam como de direita ou centro-direita. Ainda assim, 14% afirmam ser de esquerda ou centro-esquerda, 8% se dizem de centro e 2% não souberam responder.