Até 22 ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva devem deixar seus cargos para disputar as eleições de 2026. Caso esse número se confirme, a debandada pode atingir até 56% dos 39 integrantes do primeiro escalão da presidência. Em reunião na Granja do Torto , em Brasília, em 17 de dezembro, o petista afirmou que 2026 será o "ano da verdade" e cobrou definição dos aliados. A reunião durou cerca de cinco horas e contou com presidentes de bancos públicos e líderes governistas no Congresso. “Aquele que tiver que se afastar, se afaste, e, por favor, ganhe o cargo que vai disputar, não perca”, disse Lula. O prazo de desincompatibilização termina em abril, seis meses antes do primeiro turno. + Leia mais notícias de Política em Oeste Em outra declaração, Lula ironizou os ministros que pretendem deixar o governo. “Quando você tira um ministro, ele chora", disse. "Mas quando ele quer sair, encontra todos os argumentos necessários e joga a responsabilidade no povo". O petista vai disputar seu quarto mandato de presidente da República. O atual vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, é um dos que deve deixar o primeiro escalão para disputar novamente à vice-presidência. Os outros ministros cotados para as eleições de 2026 são: Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais): Câmara; Fernando Haddad (Fazenda): Senado ou governo de São Paulo; Simone Tebet (Orçamento): Senado; Jader Filho (Cidades): Câmara; Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar): Câmara; Márcio França (Empreendedorismo): Câmara ou governo de São Paulo; Anielle Franco (Igualdade Racial): Senado; Alexandre Silveira (Minas e Energia): Senado; André de Paula (Pesca): Câmara; Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária): Senado; Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos): Senado; Sônia Guajajara (Povos Indígenas): Câmara; Wolney Queiroz (Previdência): Câmara; Luiz Marinho (Trabalho): Câmara; Renan Filho (Transportes): governo de Alagoas; Rui Costa (Casa Civil): Senado; André Fufuca (Esportes): Senado; Marina Silva (Meio Ambiente): Senado Centrão na disputa Durante a reunião ministerial, Lula também pressionou partidos do Centrão que ainda não definiram apoio à sua reeleição. “Os partidos políticos e ministros terão de definir de que lado estão nas eleições", disse. A mensagem foi dirigida a siglas como PSD, Republicanos e MDB. Leia mais: "Lula deve indicar 23 diretores para agências reguladoras em 2026" O Centrão concentra ministros interessados em vagas ao Senado, como André Fufuca (Esporte), Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Pelo PT, ao menos cinco ministros devem deixar o governo, entre eles Paulo Teixeira, Luiz Marinho, Gleisi Hoffmann, Rui Costa e Anielle Franco. Lula disputará em 2026 a reeleição para um quarto mandato. Ele governou o país de 2003 a 2010 e voltou ao Planalto em 2023. Se vencer novamente, será reeleito pela segunda vez, feito inédito na história política brasileira. O post 22 ministros de Lula devem deixar cargos para disputar eleições de 2026 apareceu primeiro em Revista Oeste .