‘Serial killer da rotatória’: quem é o fugitivo de presídio de segurança máxima no TO está foragido desde sexta-feira

Conhecido como o “serial killer da rotatória”, Renan Barros da Silva, de 26 anos, está foragido desde sexta-feira, após fugir de um presídio de segurança máxima no Tocantins. Condenado a 72 anos de prisão, ele escapou na noite da última quinta-feira (25) da Unidade de Tratamento Penal de Cariri, no sul do estado, junto com outro detento, Gildásio Silva Assunção, de 47 anos. Ambos são apontados pelas autoridades como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e considerados de alta periculosidade. Brasil bate recorde e recebe 9 milhões de turistas em 2025: Saiba os principais destinos e nacionalidade dos visitantes 'Crime grave': Governadora de PE condena ataque contra turistas em Porto de Galinhas e pede desculpas De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), os dois presos serraram as grades da cela e, em seguida, escalaram o alambrado do presídio utilizando uma “teresa”, uma corda improvisada com lençóis. A ausência dos detentos foi constatada na manhã de sexta, dando início a uma força-tarefa que envolve policiais civis e militares na região sul do estado. Renan Barros da Silva é descrito pela Polícia Civil como um criminoso de extrema frieza e planejamento. Sua trajetória de crimes violentos começou, segundo as investigações, em novembro de 2020, quando ele teria cometido dois homicídios em Araguaína, no norte do Tocantins. Meses depois, em maio de 2021, voltou a agir na mesma cidade, executando três homens em uma rotatória próxima a uma faculdade, episódio que lhe rendeu o apelido pelo qual ficou conhecido. Na ocasião, as vítimas foram surpreendidas com tiros na cabeça enquanto trafegavam de motocicleta. Após os assassinatos, os corpos foram escondidos em um matagal, e as motos, jogadas em uma ribanceira. Uma quarta pessoa chegou a ser atacada, mas conseguiu fugir. Em junho de 2021, o rastro de violência seguiu para fora do estado: Renan é acusado de matar outra pessoa no município de Estreito, no Maranhão. As investigações apontam que o criminoso utilizava sempre uma pistola calibre .380 e não dava chance de defesa às vítimas, efetuando disparos na região da cabeça. Além dos homicídios, ele também é investigado por crimes patrimoniais, como arrombamentos de lojas e furtos de cofres, que chegavam a render até R$ 100 mil por ação. A atuação era considerada itinerante, com circulação entre Tocantins, Maranhão e Pará. Em 2023, Renan foi condenado por três homicídios duplamente qualificados e ocultação de cadáver, além de responder por outros crimes. Em denúncia apresentada pelo Ministério Público do Tocantins, ele foi descrito como uma pessoa “sádica”, com “prazer repugnante de matar”. Desde então, cumpria pena em regime fechado. A defesa, feita pela Defensoria Pública, não se manifestou sobre a fuga. O comparsa na evasão, Gildásio Silva Assunção, também possui extensa ficha criminal. Ele acumula quatro condenações, incluindo homicídio, com penas que somam cerca de 46 anos de prisão. A SSP-TO mantém alerta máximo para a captura dos dois foragidos e orienta a população a não tentar qualquer tipo de abordagem. Informações que possam levar ao paradeiro de Renan Barros da Silva e Gildásio Silva Assunção podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 190, 197 ou pelo número da Central de Flagrantes de Gurupi: (63) 3312-4110. O sigilo é garantido.