A Prefeitura de Ipojuca suspendeu por sete dias a licença de funcionamento da barraca envolvida em um episódio de agressão contra dois turistas do Mato Grosso em Porto de Galinhas (PE). A medida inclui o pedido de afastamento imediato de todos os garçons e atendentes que atuavam no local. No sábado 27, Johnny Andrade e seu companheiro, Cleiton Zanatta, foram brutalmente agredidos por comerciantes depois de uma discussão sobre o valor do aluguel das cadeiras de praia. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste Segundo os turistas, um barraqueiro os abordou na chegada e definiu um valor para o serviço de locação. No entanto, na hora de pagar, o vendedor cobrou o dobro. Johnny se recusou a aceitar a cobrança indevida e acabou sendo espancado no local. “Quando me dei conta, tinham uns dez, quinze em cima da gente, batendo na gente”, informaram os viajantes em suas redes sociais. “Bateram muito em mim. O Cleiton, meu companheiro, saiu correndo, conseguiu escapar e pediu ajuda para o salva-vidas. Se não fosse ele, essa hora a gente estaria morto. Foi um massacre!” https://twitter.com/TumultoBR/status/2005396912384663883 Nesta segunda-feira, 29, Beatriz Leite, delegada-geral adjunta da Polícia Civil, afirmou que agentes estiveram no local, coletaram imagens e ouviram testemunhas. A Polícia Militar informou que só soube do caso depois que as vítimas procuraram a delegacia. No entanto, o coronel Ricardo Lopes declarou que o policiamento na praia é adequado e que a corporação reforçou a presença de agentes depois do episódio. Depois de limitar-se a divulgar uma nota simples, a prefeitura voltou às redes sociais e prometeu intensificar a fiscalização nas praias. Segundo a administração, o objetivo é coibir práticas irregulares, como a atuação de flanelinhas, a venda casada e a exigência de consumação mínima nas barracas. Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por Prefeitura do Ipojuca (@prefeituradoipojuca) Comerciantes divulgam versão própria da agressão Também nesta segunda-feira, os vendedores envolvidos na agressão divulgaram um vídeo nas redes sociais para justificar o episódio. Na versão apresentada, eles negaram motivação homofóbica e afirmaram que a confusão teria começado com os próprios turistas, que, segundo eles, estariam embriagados e agressivos. “Quando a gente colocou as cadeiras para o cliente sentar, ele simplesmente pulou da cadeira dele para a cadeira da frente e disse que ninguém ficaria na frente deles”, afirmou uma comerciante. + Leia também: "Comerciantes espancam turistas em Porto de Galinhas por se recusarem a pagar cobrança indevida" Outro vendedor contou que um dos viajantes supostamente reagiu com violência ao ser cobrado. Segundo ele, o turista teria dado um tapa no cardápio e, em seguida, aplicado um “golpe de Jiu-jitsu”. “Ele disse que não ia pagar nada”, argumentou. “Quando eu cobrei, ele me agrediu, deu primeiro um tapa no cardápio e, depois, um mata-leão em mim. Eu estava apagado no chão.” Ver essa foto no Instagram Um post compartilhado por IGARASSU NO AR (@igarassunoar_oficial) Por fim, um dos barraqueiros rebateu o número de agressores mencionado pelos turistas. Segundo ele, não houve participação de 30 envolvidos, mas “em torno de quatro ou cinco” contra dois. “Foi falado que foram em torno de 30 homens em cima do cara”, disse. “Na hora da confusão, realmente foi uma briga generalizada. Eu não vou defender e seria hipócrita dizer que não foi. Mas não foram 30, não — foram em torno de quatro ou cinco pessoas.” O post Prefeitura de Ipojuca interdita barraca depois de ataque em Porto de Galinhas apareceu primeiro em Revista Oeste .