O governo federal registrou o pior resultado fiscal da história para suas estatais no acumulado de janeiro a novembro de 2025. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira, 30, o déficit chegou a R$ 6,3 bilhões — o valor mais alto da série iniciada em 2002 para esse período. + Leia mais notícias de Economia em Oeste O resultado representa um crescimento de 4,1% em relação ao déficit registrado no mesmo período de 2024. Na ocasião, as estatais federais haviam fechado os onze primeiros meses do ano com saldo negativo de R$ 6 bilhões. O cenário marca uma escalada depois de dois anos consecutivos de superavit: R$ 3,2 bilhões em 2021 e R$ 4,6 bilhões em 2022. Em 2023, o débito já havia reaparecido, com um déficit de R$ 300 milhões. A deterioração se agravou em 2024 e se aprofundou em 2025. https://www.youtube.com/watch?v=xQuHFsVBfRc A série histórica do BC registra outros momentos de déficit nas estatais federais. No entanto, os números de 2024 e 2025 superaram todos os patamares anteriores. Correios concentram maior parte do déficit Apenas os Correios responderam por quase todo o rombo federal. A estatal somou prejuízo de R$ 6,1 bilhões de janeiro a setembro de 2025 — quase o triplo do que havia apresentado no mesmo intervalo de 2024. Segundo Emmanoel Rondon, presidente dos Correios, a empresa precisa captar mais R$ 8 bilhões em 2026 como parte do plano de reestruturação . Conforme publicação do Diário Oficial da União , o governo já avalia um empréstimo de R$ 12 bilhões pela estatal. Paralelamente, as estatais controladas por governos estaduais encerraram o período com déficit de R$ 3,7 bilhões, o pior da série. Já as empresas municipais registraram saldo negativo de R$ 365 milhões. + Leia também: "Reestruturação deve economizar mais de R$ 4 bilhões, dizem Correios" Ao somar os três níveis de governo, o déficit total das estatais brasileiras entre janeiro e novembro de 2025 atingiu R$ 10,3 bilhões. O post Estatais federais acumulam maior rombo da série histórica apareceu primeiro em Revista Oeste .