O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira que a defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins explique, em 24 horas, um suposto uso da rede social LinkedIn por ele. Moraes afirmou que pode decretar a prisão preventiva de Martins, já que ele está proibido de usar plataformas digitais. No sábado, Martins passou a ficar em prisão domiciliar, em caráter preventivo, por decisão de Moraes. O ministro apontou o risco de fuga, após condenação no STF, e também determinou a medida para outras nove pessoas consideradas culpadas pela trama golpista. Em despacho nesta terça, o ministro afirmou que "foi juntado aos autos notícia de que o réu condenado teria utilizado a rede social LinkedIn para a busca de perfis de terceiros". Moraes, então, abriu prazo para que os advogados de Martins "prestem esclarecimentos sobre as informações juntadas aos autos, sob pena de decretação da prisão preventiva do réu". Entre as obrigações impostas a Martins está a "proibição de utilização de redes sociais próprias ou por terceira pessoa". O ex-assessor presidencial foi condenado pela Primeira Turma do STF, há duas semanas, a 21 anos de prisão. Os ministros consideraram que ele elaborou a minuta de um decreto com medidas para reverter o resultado da eleição presidencial de 2022. O documento foi apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos comandantes das Forças Armadas.