Pelo menos seis capitais começam 2026 com aumento da tarifa de ônibus; veja as cidades e os valores

O ano de 2026 começa com aumento das tarifas de ônibus em diversas capitais brasileiras. Prefeituras justificam os aumentos, alegando elevação de custos operacionais, com diesel, salários e manutenção da frota, além de queda no número de passageiros e necessidade de manter o equilíbrio financeiro dos contratos de concessão. ‘Merece passar fome’: Áudio revela briga entre dono e funcionário após fechamento de bar literário em SP Entenda diferença: Dia 31 de dezembro é feriado ou ponto facultativo? Entre as capitais que já anunciaram oficialmente reajustes para o ano que vem estão Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, Fortaleza e Salvador. Em comum, os governos locais destacam que o valor pago pelo passageiro segue abaixo da chamada tarifa técnica, o custo real da operação, diferença que vem sendo coberta por subsídios públicos cada vez mais elevados. Todas as cidades apresentaram um aumento acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses de 4,5%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. Em São Paulo, a tarifa de ônibus passará de R$ 5,00 para R$ 5,30 a partir de 6 de janeiro, um aumento de 6%. A prefeitura de São Paulo justificou que os dados técnicos que fundamentam a decisão indicam que o novo preço está abaixo da inflação acumulada do setor (IPC-Fipe Transporte Coletivo), que registrou 6,5% no ano. Modais administrados pelo governo do estado, metrô e trens também terão as tarifas reajustadas, chegando a R$ 5,40. Segundo a prefeitura, o reajuste é pressionado pelo alto custo operacional e pela revisão quadrienal dos contratos das empresas, além do volume recorde de subsídios, que já ultrapassa R$ 6 bilhões em 2025. No Rio de Janeiro, a passagem dos ônibus municipais sobe de R$ 4,70 para R$ 5,00 a partir de 4 de janeiro. Apesar disso, as empresas concessionárias receberão R$ 6,60 por passageiro, com a diferença bancada pelo município por meio de subsídio tarifário. O reajuste foi publicado no Diário Oficial e está atrelado a acordos judiciais firmados entre a prefeitura, o Ministério Público e os consórcios que operam o sistema. O decreto também atualiza o Indicador de Receita por Quilômetro (IRK), base da remuneração das empresas. Capitais com aumentos confirmados nas tarifas de ônibus no começo de 2026 Já em Belo Horizonte, a passagem dos ônibus municipais sobe de R$ 5,75 para R$ 6,25 a partir de 1º de janeiro, alta de cerca de 8,7%. O aumento atinge todas as linhas convencionais e suplementares. No transporte metropolitano, que atende a Região Metropolitana, o reajuste médio será de 8,93%, válido a partir de 9 de janeiro. A prefeitura afirma que a atualização segue critérios previstos em contrato. Em Florianópolis, que já tem a passagem mais cara entre as capitais, o reajuste em 2026 chega a até 12%, dependendo da forma de pagamento. A tarifa paga em dinheiro ou Pix sobe de R$ 6,90 para R$ 7,70, enquanto a passagem paga por meio do Cartão Cidadão passa de R$ 5,75 para R$ 6,20. A prefeitura informou que, a partir de janeiro, o pagamento em dinheiro será aceito apenas nos terminais de integração, como forma de reduzir custos operacionais. Na capital cearense, Fortaleza, a passagem inteira passará de R$ 4,50 para R$ 5,40 a partir de 1º de janeiro. A tarifa estudantil permanece em R$ 1,50. Segundo a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), o reajuste reflete o aumento de insumos e a queda de 45% na demanda desde 2019. A prefeitura afirma que apenas 9% dos usuários pagarão a tarifa cheia, já que a maioria utiliza vale-transporte ou gratuidades. Para 2026, também está prevista a ampliação da frota, com a chegada de mais de 120 ônibus novos. Em Salvador, embora o percentual exato ainda não tenha sido definido, o prefeito Bruno Reis confirmou que haverá reajuste em 2026, tanto na tarifa pública quanto na tarifa técnica. Atualmente, o passageiro paga R$ 5,60, enquanto o custo real do sistema é de R$ 6,19. A diferença vem sendo coberta pela prefeitura, que deverá manter a política de subsídios. Segundo o prefeito, a correção é uma exigência contratual e jurídica.