Tripulantes pintam bandeira russa em petroleiro perseguido pela Guarda Costeira dos EUA

A tripulação de um petroleiro que fugia das forças americanas no Oceano Atlântico pintou recentemente uma bandeira russa na lateral da embarcação, numa aparente tentativa de reivindicar proteção russa, disseram dois oficiais americanos nesta terça-feira. Este é o mais recente capítulo de uma odisseia bizarra que começou em 21 de dezembro, quando a Guarda Costeira dos EUA tentou interceptar o navio, Bella 1, no Mar do Caribe, enquanto navegava em direção à Venezuela para carregar petróleo, colocando-o na mira do quase-bloqueio do presidente americano, Donald Trump, à principal fonte de renda do governo venezuelano. Imprensa americana: Primeiro ataque contra a Venezuela mencionado por Trump foi realizado pela CIA e mirou Tren de Aragua Ofensiva na América Latina: EUA confirmam novo ataque mortal no Pacífico e número de mortos já passa dos 100 Desde então, os tripulantes do Bella 1 pintaram uma bandeira russa no petroleiro durante a fuga e agora reivindicam status russo, de acordo com os oficiais americanos, que foram informados sobre o assunto e falaram sob condição de anonimato para discutir uma operação delicada. O petroleiro está sob sanções dos EUA desde o ano passado por transportar petróleo iraniano, que, segundo as autoridades federais, é vendido para financiar o terrorismo. O navio também parece ter mudado recentemente sua rota para noroeste, afastando-se do Mar Mediterrâneo, possivelmente rumo à Groenlândia ou Islândia, disseram as autoridades. Acredita-se que não esteja transportando carga. O transponder de localização do Bella 1 está desligado desde 17 de dezembro, o que significa que o New York Times não conseguiu rastrear a embarcação enquanto ela foge das forças americanas. A Casa Branca e o Departamento de Segurança Interna não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. A Embaixada da Rússia em Washington também não se manifestou. Interceptações, fugas e sanções: o que se sabe sobre a ofensiva dos EUA contra petroleiros ligados à Venezuela Autoridades americanas disseram que a Guarda Costeira tentou interceptar o Bella 1 no Caribe depois de constatar que ele não ostentava uma bandeira nacional válida, o que o sujeitaria a abordagem de acordo com o direito internacional. Mas o navio não acatou a ordem e continuou navegando. Desde então, vem sendo perseguido pelas forças americanas. As autoridades disseram que obtiveram um mandado de apreensão com base no envolvimento anterior da embarcação no comércio de petróleo iraniano. O navio Bella 1 faz parte de uma chamada frota fantasma de petroleiros que transportam petróleo da Rússia, Irã e Venezuela, violando as sanções impostas pelos Estados Unidos e outros países. A Guarda Costeira abordou com sucesso outro petroleiro no Caribe no início do mês, e os Estados Unidos tomaram posse de um terceiro petroleiro em 10 de dezembro. Ele agora está em um porto no Texas. Autoridades federais afirmam que planejam apreender mais petroleiros envolvidos no comércio de petróleo da Venezuela, que fornece ao país receitas muito necessárias. Initial plugin text O Departamento do Tesouro anunciou na terça-feira sanções contra 10 indivíduos e entidades com sede na Venezuela e no Irã por seu envolvimento na produção e venda de drones. Entre os alvos está a Empresa Aeronáutica Nacional e seu presidente, José Jesús Urdaneta González, que, segundo o Departamento do Tesouro, trabalhou com as forças armadas venezuelanas e iranianas para montar drones na Venezuela. — O Tesouro está responsabilizando o Irã e a Venezuela por sua proliferação agressiva e imprudente de armas letais em todo o mundo — disse John K. Hurley, subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, em um comunicado. — Continuaremos a tomar medidas rápidas para impedir aqueles que permitem o acesso do complexo militar-industrial do Irã ao sistema financeiro dos EUA.