Morte de professora causa comoção, em Anápolis

Shirlane Gonçalves Telles tinha 58 anos e morreu em decorrência de uma pneumonia. Ela era pastora na igreja Arquivo Pessoal/Altair Telles A morte da professora Shirlane Gonçalves Telles, de 58 anos, causou comoção entre amigos e familiares em Anápolis, na região metropolitana de Goiânia. Professora de biologia, ela era casada, tinha dois filhos e três netos, de 8, 5 e 2 anos, segundo a família. Shirlane morreu na quarta-feira (24) em decorrência de uma pneumonia. Ela estava internada na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis desde o dia 17, contou ao g1 a cunhada Djanira Telles. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp A cunhada explicou que Shirlane dava aulas de biologia no Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Arlindo Costa (CEPMG), em Anápolis. Ela e o marido, que é irmão de Djanira, eram bispos na Igreja Assembleia de Deus Ministério de Missões e tinham forte atuação religiosa. Segundo a cunhada, Shirlane era dedicada à igreja e à comunidade cristã onde vivia, participando ativamente de ações de fé, apoio espiritual e convivência com os fiéis. A funcionária pública ressaltou que Shirlane era uma pessoa marcada pelo amor, carinho e verdade, considerada extraordinária por todos que conviviam com ela, tanto no ambiente escolar quanto na vida religiosa. Tratamento contra leucemia De acordo com Djanira Telles, a educadora tratava uma leucemia, um tipo de câncer hematológico, havia cerca de um ano e meio. Ao g1, Djanira contou que foi durante o tratamento com antibióticos para a pneumonia que o quadro de saúde piorou, já que Shirlane estava debilitada em razão da doença. “Ela estava com a imunidade baixa e a pneumonia se manifestou de forma silenciosa. A fraqueza aumentou quando começou a tomar os antibióticos e deixou de se alimentar. Para todos nós está sendo muito difícil”, disse. LEIA TAMBÉM: Jovem morre atropelado enquanto ia buscar combustível para o carro, em Goiânia Morte de professora da UFG causa comoção PM e esposa que morreram em acidente com cinco mortes planejavam ter filho no próximo ano, diz família Vida ao lado do marido O marido, Altair Telles, de 59 anos, afirmou à reportagem que vive um momento de profunda dor com a perda da esposa. Ele contou que os dois estavam juntos há cinco anos e descreveu Shirlane como uma pessoa simples, muito comprometida com o trabalho, com a fé e alegre. “Ela era meiga, tinha um senso de humor adorável, intensa em tudo o que fazia e, acima de tudo, muito inteligente. Está sendo muito difícil”, afirmou. Shirlane ao lado do marido Altair (à direita) e com a cunhada, Djanira (á esquerda) Arquivo Pessoal/Djanira Telles Trajetória pessoal Shirlane era natural do Rio de Janeiro, onde os pais também viviam. Segundo Altair, ela foi criada pelos avós em Minas Gerais até os oito anos de idade. Depois, voltou a morar com os irmãos e retornou para Brasilândia, no Distrito Federal, onde atualmente vivem os filhos e os netos. Marileide Albino da Silva Vale, de 43 anos, frequentava a mesma igreja de Shirlane e a considerava sua pastora. Ao g1, ela disse que a professora teve papel fundamental em sua vida pessoal e espiritual. “A minha pastora era uma pessoa maravilhosa e incrível. Quando tive o prazer de conhecer a pessoa maravilhosa que ela era, foi quem me ensinou a ser uma pessoa melhor, mais humana”, afirmou. Marileide também destacou o papel de Shirlane como conselheira. “Ela não era só minha pastora. Era minha amiga, minha mãe, minha conselheira e minha irmã na fé. Quando eu ficava mal, ela sabia como ajudar, com palavras que resolviam tudo”, contou. Homenagens e despedidas Nas redes sociais, o CEPMG publicou uma nota de pesar, descrevendo Shirlane como uma mulher generosa, sensível e dedicada. A instituição destacou que a professora deixou um legado marcado pelo cuidado com o próximo, pelo compromisso com alunos e colegas e pela atuação junto à comunidade cristã. Nos comentários da postagem os comentários falavam sobre a tristeza da morte da professora. “Fará muita falta. Amiga maravilhosa e de uma alegria contagiante, sensível e sensata com todos que conviveram com ela”, escreveu uma pessoa. “Descanse em paz, professora. A senhora sempre será lembrada. Obrigada por tamanha dedicação em nos ensinar um pouco de tudo aquilo que sabia”, comentou outra. Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás