A Rússia divulgou um vídeo nesta terça-feira do que alega ser a implantação na Bielorússia de seu sistema de mísseis Oreshnik, ativos hipersônicos com capacidade nuclear. O movimento busca aumentar a capacidade de Moscou de atingir alvos em toda a Europa em caso de guerra. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, esses mísseis são impossíveis de interceptar porque possuem velocidades superiores a dez vezes a velocidade do som. Arsenais modernizados: Com 'Relógio do Juízo Final' perto da meia-noite, retórica nuclear assumiu tons ainda mais perigosos em 2025 Mesmo sem evidências: Rússia diz que endurecerá negociações de paz após suposta ofensiva da Ucrânia contra Putin O anúncio russo de que os mísseis entraram em serviço ativo em um país que faz fronteira com a Ucrânia e países-membros da OTAN, como Polônia, Lituânia e Letônia, ocorre em meio a um aumento da tensão na região e apreensão entre os europeus de que a Rússia decida expandir o conflito para a Europa Central. O posicionamento destas armas no país aliado de Moscou permitiria que os mísseis nucleares russos alcançassem alvos europeus um pouco mais rápido em qualquer conflito. A agência de notícias estatal TASS afirmou que esta foi a primeira vez que o Ministério da Defesa russo exibiu os sistemas móveis de mísseis Oreshnik. Apesar de a localização exata de onde eles foram implantados não ter sido revelada, as imagens divulgadas mostram lançadores móveis e suas equipes dirigindo por estradas em meio a uma floresta e tropas especializadas camuflando os sistemas com redes. Initial plugin text Putin afirma que o poder destrutivo do Oreshnik é comparável ao de uma arma nuclear, mesmo quando equipado com uma ogiva convencional. Mísseis intermediários têm um alcance de até 5.500 quilômetros, o que lhes permitiria atacar em qualquer lugar da Europa ou do oeste dos Estados Unidos a partir da Rússia. O presidente da Bielorússia, Alexander Lukaschenko, aliado próximo de Putin, já havia anunciado no início do mês que Moscou enviaria os mísseis para seu território. Em fevereiro de 2022, Lukashenko permitiu que as tropas russas usassem seu país para invadir a Ucrânia, dando início à guerra atual. O presidente, no entanto, não enviou tropas bielorrussas para lutar ao lado das forças russas no país vizinho.