A atividade industrial da China subiu levemente em dezembro, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, em um sinal positivo em meio a um fechamento de ano medíocre para a segunda maior economia do mundo. O índice de compra gerencial (ICG), um indicador-chave da saúde industrial, alcançou 50,1 pontos em dezembro, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE). Meta compra startup chinesa, amplia disputa com rivais e pode acirrar tensão EUA-China Ouro dispara 66% em 2025: vale a pena investir no metal no ano que vem? O número fica apenas acima da marca de 50 pontos, que separa a expansão da contração. O ICG vinha se mantendo em território negativo desde março. O resultado de dezembro superou uma projeção da agência financeira Bloomberg baseada em consulta a economistas, que previa 49,2 pontos, o mesmo nível registrado em novembro. Além disso, o ICG não manufatureiro subiu para 50,2 pontos em dezembro, retornando ao território positivo após cair para 49,5 em novembro, informou a ONE. O estatístico da ONE, Huo Lihui, destacou “uma melhora geral na atividade econômica do país”, segundo comunicado que inclui uma interpretação oficial dos dados. Trata-se de indicadores positivos para as autoridades chinesas, que enfrentam um consumo interno fraco provocado por uma prolongada crise de endividamento no setor imobiliário. As expansões do ICG “apontam para uma reversão parcial da recente fraqueza no investimento e na atividade de construção”, escreveu em nota Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics. No entanto, acrescentou que, “em termos gerais, os obstáculos estruturais do declínio imobiliário e do excesso de capacidade industrial persistirão em 2026”.