Cristo Redentor no céu: Alok antecipa detalhes do Réveillon de Copacabana

Uma das principais atrações do Réveillon de Copacabana, o DJ Alok mantém em sigilo parte do espetáculo que vai comandar com 1.250 drones no céu do Rio na virada para 2026. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o artista adianta, porém, o símbolo escolhido para marcar o show: o Cristo Redentor. A proposta, segundo ele, é criar um momento de pausa, emoção e conexão coletiva, nas primeiras horas do ano novo, diante de um dos maiores públicos do mundo. Rio ganha título de maior réveillon do mundo, segundo o Guinness World Records 'Não tinha família aqui, só um filho de seis anos na Suíça', diz amigo de piloto morto em queda de avião em Copacabana Por que a escolha do Rio para quebrar o recorde de drones em um evento como o Réveillon? O Rio tem uma força simbólica gigantesca. Copacabana, por si só, carrega a imagem de um dos maiores réveillons do mundo, então faz muito sentido que um recorde desse tamanho aconteça ali. É uma cidade que respira cultura, beleza e diversidade, e que sabe receber grandes momentos. Além disso, o Réveillon tem uma energia especial: é um período em que milhões de pessoas estão juntas celebrando amor, fraternidade, esperança e novos começos. Essa virada merece algo realmente grandioso, que emocione. Levar esse espetáculo para Copacabana é uma forma de potencializar esse sentimento coletivo e, também, de mostrar a potência criativa e tecnológica do Brasil para o mundo. Há quanto tempo vocês estão preparando essa sequência para a festa carioca? Quem é o responsável? Esse tipo de espetáculo não acontece de uma hora para outra. Existe um grande time trabalhando comigo há meses para tornar tudo isso possível. São profissionais de tecnologia, criação, produção, segurança e arte. É um trabalho coletivo, feito a muitas mãos, sempre com muito cuidado e responsabilidade, para entregar algo à altura da importância desse momento. No espetáculo com drones, nada acontece de forma improvisada: tudo é executado de maneira precisa para ser grandioso e, ao mesmo tempo, seguro. Na trilha que vai apresentar, há menções específicas à cidade ou é um show já apresentado em turnê? Na verdade, todos os meus shows são únicos, mesmo em turnê. Não é simplesmente repetir um espetáculo, mas adaptar a experiência ao contexto. Será um set especial para o Réveillon, embora não seja algo totalmente fechado. Gosto muito de sentir o público, a energia das pessoas, e fazer mudanças durante a apresentação. Como disse, cada show é único, e essa leitura do público é essencial. Que imagens você destaca para o público prestar atenção durante o show? O show inteiro foi pensado para ser uma experiência de conexão com o público. Algumas surpresas não posso revelar antes (risos), mas posso adiantar que a imagem do Cristo Redentor será formada no céu como uma grande homenagem ao Rio de Janeiro e à sua simbologia. É uma imagem que dialoga diretamente com a cidade e com o significado da virada do ano. Vale a pena prestar atenção em como luz, música e céu se integram para criar um momento de emoção, pausa e conexão coletiva, nas primeiras horas do ano novo. Na virada do ano, ou antes dos shows, você tem alguma superstição ou ritual? Gosto de começar o ano em estado de presença, agradecendo e mentalizando coisas boas. No show, quero desejar que a energia que estamos emanando ali se espalhe e nos acompanhe nos dias seguintes. Não é superstição, é um ritual de consciência, de alinhar intenção e propósito. Qual a quantidade de efeitos que será apresentada? Serão 1.250 drones no céu, todos integrados à música e à narrativa do show. Cada imagem foi pensada para ter um significado e dialogar com o momento. Pretende fazer ensaios prévios com os drones? Pode detalhar como funciona? Existem ensaios técnicos, ajustes de programação e verificações rigorosas de segurança. Os drones seguem rotas muito bem definidas, com sistemas de controle e monitoramento em tempo real. É um trabalho complexo e preciso, que exige planejamento e atenção aos detalhes para acontecer de forma totalmente sincronizada com a música e os efeitos especiais. Tudo é controlado a partir do palco, o que torna cada apresentação ainda mais viva.