Taxa chinesa de 55% sobre a carne atinge um dos grandes negócios do agro brasileiro

A taxação chinesa de 55% sobre a carne bovina prejudica um dos maiores negócios do agro brasileiro. A tarifa entra em vigor em 1º de janeiro e vai incidir se o Brasil ultrapassar a cota de 1,1 bilhão de de toneladas. Países como EUA, Argentina, Uruguai e Austrália também estão na lista de taxação. + Leia mais notícias de Agronegócio em Oeste Com mais de 1 bilhão de bocas para alimentar, a China se tornou a maior cliente da carne bovina brasileira no exterior. De janeiro a novembro de 2025, o agro brasileiro faturou quase US$ 15 bilhões com exportações de carne bovina. Cerca de US$ 8 bilhões vieram dos açougues da China. Ao todo, o Brasil enviou 1,5 milhão de toneladas, o que equivale a cerca de 1 kg por habitante chinês. A carne bovina do agro do Brasil Em 2025, o Brasil se tornou o maior produtor de carne bovina do planeta. Ao longo do século 21, a produção nacional praticamente dobrou. Passou de 6,5 milhões de toneladas, em 2000, para, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos , pouco mais de 12 milhões de toneladas em 2025. O mercado interno consome a maior parte, mas a oferta aumentou, impulsionada pelas exportações. A conquista do agro brasileiro por novos mercados tornou os preços mais interessantes ao produtor, o que elevou o interesse em ampliar as criações. Contudo, o consumo de cada tipo de corte varia conforme o destino. Picanha não está entre as preferências dos chineses | Foto: Reprodução/Redes sociais Os chineses, por exemplo, preferem partes do animal como o dianteiro e os miúdos. Cortes nobres são menos apreciados pela culinária asiática. Como resultado, pedaços de carne bovina como músculo e miúdos vão para a China, enquanto a picanha fica no Brasil. A interrupção desse ciclo pode desestimular a produção nacional e, no longo prazo, reduzir a oferta. O post Taxa chinesa de 55% sobre a carne atinge um dos grandes negócios do agro brasileiro apareceu primeiro em Revista Oeste .