Dados sobre furto e feminicídio na capital paulista A cidade de São Paulo registrou recorde de feminicídios e alta de homicídios e de furtos no período de janeiro a novembro de 2025, segundo dados atualizados da Secretaria Estadual da Segurança Pública divulgados na terça-feira (30). Neste ano, os feminicídios já haviam superado toda a série histórica. E os índices continuam crescendo: foram 58 mulheres mortas nos primeiros 11 meses deste ano, um aumento de 20% em comparação com o mesmo período do ano passado. Um dos episódios recentes que chocaram e geraram forte repercussão foi o da mulher atropelada e arrastada por mais de um quilômetro na Marginal Tietê pelo ex-ficante. Ela teve as pernas amputadas e morreu após quase um mês internada. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou neste mês um inquérito para apurar a possível falta de políticas públicas de combate à violência contra a mulher na gestão estadual, incluindo a redução de verbas para o setor. Entre os crimes que mais subiram na capital, estão os furtos. Foram mais de 266 mil casos, considerando os furtos em geral e os de veículos. O número representa alta de 2%. Os homicídios dolosos, ou seja, quando há intenção de matar, também cresceram. O aumento foi de 3% em comparação com 2024. Protesto contra violência às mulheres reúne manifestantes na Avenida Paulista ANGéLICA ALVES/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Queda nos indicadores Já entre os que mais caíram na cidade de São Paulo estão os roubos, com redução de 14%. Neste recorte, foram considerados os roubos em geral e os de veículos. Os latrocínios, que são os roubos seguidos de morte, caíram 25%. Já os estupros registraram redução de 2% no período. A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública e aguarda retorno. LEIA TAMBÉM: Feminicídios em 2025: assassinatos em público revelam controle, defesa da honra e ódio às mulheres, apontam especialistas Mãe de mulher morta após ser arrastada na Marginal: 'Acabou o sofrimento, agora é pedir Justiça' O que é feminicídio?