O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, determinou a suspensão por 90 dias do pagamento de precatórios trabalhistas inscritos contra os Correios. A decisão atende a pedido dos Correios e da Advocacia-Geral da União (AGU) e precisa ser confirmada pelo plenário do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), também presidido por Vieira de Mello Filho. O presidente do TST também autorizou o parcelamento, em nove meses, da dívida da empresa. Essa medida faz parte do plano de recuperação da estatal. No pedido de suspensão, os Correios alegaram que sua infraestrutura é "pilar essencial para a integração nacional, o comércio eletrônico e o acesso à cidadania". Na terça-feira, o TST decidiu que os funcionários da empresa que estão em greve deverão compensar por dias não trabalhados ou descontados. Também ficou definido que os trabalhadores devem encerrar a paralisação a partir desta quarta. Ao analisar o caso, os ministros também decidiram que a greve na estatal não é abusiva. O plano de recuperação dos Correios apresentado prevê medidas de corte de gastos para equilibrar a situação financeira da estatal. Entre as medidas anunciadas, estão o fechamento de mil agências deficitárias e a demissão de 15 mil funcionários até 2027.