A França quer proteger as crianças da exposição excessiva às telas e propõe proibir o acesso às redes sociais para menores de 15 anos a partir de setembro de 2026, segundo um projeto de lei revisado pela AFP. A iniciativa conta com o apoio do presidente Emmanuel Macron, que declarou no início deste mês que o Parlamento deveria começar a debater a proposta em janeiro. Medidas similares: nova lei restringe feeds das redes sociais e acesso a dados de menores de idad em Nova Iorque; entenda Falhas em filtro de conteúdos: brinquedos com IA revelam novos riscos digitais para crianças “Muitos estudos e relatórios confirmam os diversos riscos causados pelo uso excessivo de telas digitais por parte dos adolescentes”, afirma o projeto. Crianças com acesso ilimitado à internet estão expostas a “conteúdo inadequado” e podem sofrer cyberbullying ou apresentar alterações em seus padrões de sono, indicou o governo. Saiba como não cair: novo golpe da encomenda usa foto real do pacote para enganar vítimas O projeto de lei é composto por dois artigos: o primeiro estabeleceria como ilegal “a prestação, por parte de uma plataforma on-line, de um serviço de rede social a um menor de 15 anos”. O segundo artigo propõe proibir o uso de telefones celulares no ensino médio. Desde 2018, é proibido o uso de telefones celulares na educação infantil e no ensino fundamental e médio na França, mas até este ano a regra raramente foi aplicada. No início do mês, o Senado francês apoiou uma iniciativa para proteger os adolescentes do uso excessivo de telas e do acesso às redes sociais, que inclui a exigência de autorização dos pais para que crianças entre 13 e 16 anos se registrem em sites de redes sociais. A proposta do Senado foi encaminhada à Assembleia Nacional, que deverá aprovar o texto antes que ele possa se tornar lei. No início do mês, a Austrália proibiu o uso das redes sociais para menores de 16 anos. Logo depois, a ministra do Interior da Suíça, Élisabeth Baume-Schneider, afirmou que o país deveria estudar medidas semelhantes. “A Suíça deve fazer mais para proteger as crianças dos riscos das redes sociais”, disse.