A ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, saiu em defesa do presidente Lula (PT) após um editorial da revista britânica The Economist dizer que o mandatário não deve disputar a reeleição em função da idade avançada. Em resposta, Gleisi escreveu em um post no X que "o que eles temem é a continuação de um governo que retomou o crescimento do Brasil e não tem medo de enfrentar a injustiça tributária e social". "A revista do sistema financeiro global, dos que fazem fortunas sem produzir nada, prefere que o Brasil volte a ser submetido aos mandamentos do 'mercado', abandonando as políticas públicas voltadas para o povo, o crescimento do emprego, dos salários e da renda das famílias", acrescentou a ministra. No post, Gleisi também se referiu a Lula como "um líder cheio de vitalidade e saúde". Além disso, ela afirmou que o sistema financeiro apoia a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por "seus interesses" e "não pelo bem do Brasil". Initial plugin text No editorial, a The Economist afirma que a principal razão pela qual Lula deveria abrir mão da disputa é a idade, considerando que o presidente completou 80 anos em outubro. O texto também fez comparações com o caso do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que chegou a se colocar como candidato, mas abriu mão de disputar a reeleição ao demonstrar sinais da idade avançada. Em seu lugar, os democratas colocaram a então vice-presidente, Kamala Harris, que perdeu o pleito para Donald Trump. Além disso, a publicação também mencionou problemas de saúde recentes de Lula, incluindo uma cirurgia no cérebro realizada em dezembro de 2024 após uma queda doméstica. "Apesar de todo o seu talento político, é simplesmente arriscado demais para o Brasil ter alguém tão idoso no poder por mais quatro anos. Carisma não é escudo contra o declínio cognitivo", diz a publicação feita pela revista. Previsão do Financial Times O presidente brasileiro também foi mencionado nesta quarta-feira nas previsões para 2026 feitas pelo jornal britânico Financial Times. A lista traz a vitória de Lula nas eleições de outubro de 2026 como uma das apostas. A publicação também citou problemas de saúde recentes de Lula, mas afirmou que o petista deve ser reeleito após ter enfrentado os tarifaços de Donald Trump e por ter conquistado bons resultados econômicos. "Gols contra da direita do Brasil também estão o ajudando. Alguns políticos conservadores pediram sanções dos EUA para punir o Brasil pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe, mas a estratégia saiu pela culatra, já que Lula mobilizou a nação em torno dele", explicou o Financial Times, que ainda citou a possível candidatura de Flávio Bolsonaro.